terça-feira, 19 de setembro de 2017





"Efectivamente, tudo o que precisamos de saber sobre o sentido da vida é que somos parte integrante dela. Somos filhos da natureza. Sempre que estivermos em harmonia com ela, estaremos bem. Quando vamos dar um passeio pela montanha, estar atentos aos bosques e aos seus sons harmoniosos enche-nos de paz. A água que cai numa cascata ou uma extensa pradaria verde proporcionam-nos uma tremenda sensação de plenitude. E isto sucede porque o nosso cérebro está intimamente ligado a tudo o que nos rodeia. As coisas belas do mundo activam as nossas hormonas e fazem-nos sentir formidáveis.

Não sabemos de onde vimos nem para onde vamos, mas isso não importa: sabemos que procedemos de lugares benéficos e que a eles iremos parar. Além disso, é muito melhor desconhecer o sentido da vida porque isso significa que pertencemos a algo tão imenso, tão insondável, que escapa à nossa compreensão.

Os cientistas ainda não conseguiram fazer mais do que raspar a superfície do conhecimento do universo, sabem muito pouco, mas vão desde já adiantando que se trata de algo alucinantemente complexo e imenso. Eu prefiro fazer parte de tal entidade - ainda que não a compreenda - do que me confinar a algo pequeno e desinteressante.

Há algum tempo li que é provável que existam centenas de dimensões da realidade, dimensões que não somos capazes de captar. Segundo os físicos, isto tornaria possível a existência de universos paralelos, de realidades simultâneas... Uau, isto é algo inimaginável até para os mais sisudos investigadores! As suas fórmulas matemáticas demonstram-no, mas ninguém é capaz de conceber algo desta natureza. Eis a imensidão daquilo a que pertencemos! E isto, por inferência, faz de todos nós algo imenso também." - Rafael Santandreu

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