segunda-feira, 11 de setembro de 2017





"Eu sei, é tentador seguir a multidão. Ser absorvido por ela. Querer saltar lá para dentro depois de assistir, nas horas tardias da noite, a todos aqueles testemunhos sentidos, inspiradores e extremamente emocionais, ou ficar de olhos abertos e esbugalhados perante o último tablóide que, ao pé da caixa do supermercado, afirma que este produto é «novo e melhorado». O que quer isso dizer, ao certo? Como é que uma coisa pode ser nova e, no entanto, já ser melhorada? Não tinha de já existir antes para ser «melhorada»? Isso não a tornaria, bem, não «nova»? O que me obriga a pôr a hipótese de - essa agora! - o produto, afinal, não ser assim tão comprovado. Pelo menos por enquanto. Mais uma vez, um pouco de senso comum leva-nos longe. Acha mesmo que a dieta do «engula toda a pasta, gelado e molho de chocolate que quiser dez vezes por dia sem fazer exercício» vai deixá-lo magro e em boa forma? Por favor! E no início desses programas está a pensar consigo próprio, Nem pensar! Isto é absurdo. É de loucos. É demasiado bom para ser... Mas, à medida que vai vendo mais, que vai lendo mais, talvez comece a pensar algo como, Ei, se estas pessoas estão tão felizes, se estão tão entusiasmadas com isto, se eu o consigo ver com os meus próprios olhos - eh pá, talvez seja mesmo a sério! Tem de ser genuíno. Tem de funcionar para mim!

Mas a fria realidade é que a maior parte das pessoas naquelas reportagens publicitárias são actores. Aquelas fotografias que revelam imagens de «antes e depois» são geralmente manipuladas. Se esta «coisa revolucionária» fosse uma descoberta assim tão inovadora, não estaria nas primeiras páginas de todos os jornais ou na abertura dos noticiários dos canais de televisão de distribuição nacional? E apesar de algumas - e repito, algumas - dessas alegações poderem ser verdadeiras, o produto superpoderoso pode funcionar apenas para um pequeno número de pessoas que receberam uma ajuda especial, se é que me está a entender. Nesta fase da sua vida, acha que é seguro deitar tantas cautelas pela janela fora? Não prefere defender a sua própria posição, sabendo perfeitamente o que é, de facto, capaz de alcançar?

Novo e melhorado - que treta!

Enquanto adulto, solte-se um pouco e reaprenda a confiar em si próprio - pouco a pouco, dia após dia, tijolo a tijolo. Sem os exageros das trafulhices «novas e melhoradas». Sem aperfeiçoamentos artificiais, só com a vida real. A sua vida. Conte consigo próprio. Pavimente essa estrada. Construa a ponte sobre essas águas revoltas. Neste momento, o melhor que pode fazer por si é continuar a fazer o que funciona no seu caso! Por mais exigente que isso possa ser, pelo menos funciona. Pelo menos tem o conhecimento, a confiança dentro de si próprio, para escolher, para viver os seus próprios resultados.

E, numa palavra, é isso a auto-estima." - Dave Pelzer

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