sexta-feira, 6 de outubro de 2017
"Confiar no próximo é um dos reforços emocionais mais valiosos numa relação. Pôr em dúvida a sua palavra é um dos maiores danos emocionais.
Costumamos duvidar dos outros quando aquilo que nos colocam difere daquilo que é a nossa opinião já formada ou dos nossos valores. E isso não deixa de ser, de certa forma, um acto de vaidade. Actuamos - sem darmos conta disso - sob a premissa de que «se não é aquilo que penso, é porque está errado».
Também pomos frequentemente em cheque a palavra daqueles que já se enganaram antes, acreditando no refrão «quem faz uma faz duas».
E há um terceiro motivo que nos leva a não aceitar a palavra do outro: o medo. O medo de que essa pessoa tenha razão e das consequências disso.
Em todo o caso, no acto de colocar em dúvida a palavra do outro há uma manifesta falta de atenção, de valorização e de consideração da sua opinião, de ouvir a verdade sem prejuízos. E tudo isso não é emocionalmente neutro para a relação.
Duvidar da palavra do outro abre uma importante brecha na confiança e deixa a balança emocional perigosamente inclinada para o lado mau. Uma relação sólida assenta em ser-se sincero e, ao mesmo tempo, em não se duvidar da sinceridade do outro. Ainda que a sinceridade, numa relação, também tenha os seus limites. Uma sinceridade mal interpretada também pode ser sinónimo de chumbo na balança..." - Ferran Ramon-Cortés
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