quarta-feira, 31 de janeiro de 2018





«A saúde é a mais preciosa das dádivas.

O nosso corpo é precioso. É o nosso veículo para o despertar. Trate-o com cuidado.» - Buda

"A fundação de toda a felicidade é a saúde.

Saúde física, mental ou espiritual - use-a ou perca-a!

É importante apreciar aquilo que temos antes de o perdermos.

Só percebemos o valor de uma coisa quando ficamos sem ela. 
Muitas vezes, não podemos recuperá-la." - Ernie Zelinski

terça-feira, 30 de janeiro de 2018





"Se desejarmos obter novamente a nossa vida autêntica, temos de estar dispostos a enfrentar a solidão heróica. Esta ideia desencadeia sentimentos de enorme insegurança, motivo pelo qual frequentemente nos agarramos à segurança oferecida pelo convencionalismo: procedemos como os outros e vergamo-nos perante as instituições que recompensam a nossa lealdade. Mas o que sucederá quando essas instituições começarem a sufocar-nos? O que sucede quando a segurança se transforma numa prisão em que perdemos a sensação de estarmos vivos? O que sucede quando a corrente da vida deixa de circular em nosso redor e a água permanente começa a exalar mau cheiro?

Quando passamos por catástrofes na vida, geralmente apreciamos coisas diferentes das que apreciávamos anteriormente e os nossos valores aprofundam-se. Isto pode ocorrer, por exemplo, quando um ente querido morre ou quando nasce um bebé - a vida está tão intensamente presente no nascimento e na morte que teríamos de ser totalmente insensíveis para não o notar.

Uma catástrofe pode surgir ainda sob a forma de desemprego, doença, alcoolismo ou divórcio. Tudo isto constitui crises que podem abalar tão profundamente a nossa vida, que na realidade nos apresentam uma oportunidade de começar de novo. Estas experiências parecem cruéis e inúteis, de início, mas depois poderemos estar-lhes gratos. Porquê? Porque estas catástrofes destroem a segurança que construímos, precisamente para evitar a insegurança inerente à vida.

Não é invulgar as pessoas orarem espontaneamente, quando enfrentam uma crise. Uma oração constitui um grito de ajuda para prosseguirmos, quando perdemos a força de prosseguirmos por nós próprios; por outras palavras, a busca e a fé parecem surgir quando estamos deprimidos. As nossas vidas e valores aprofundam-se quando chegamos perto de atingir os nossos limites. Penso que é justo dizer que as catástrofes podem até fazer-nos reviver novamente.

Em vez de esperar até que uma grande catástrofe nos atinja, podemos aprender a criar outras mais pequenas, que nos mantenham vivos; podemos aprender a fazer opções que nos impeçam de entrar em hibernação, um estado sonolento de falsa segurança. Que significa isto? Essencialmente, o mesmo que ser heróico: quando desmantelamos aquilo que nos tem oferecido segurança, criamos uma insegurança que nos leva a procurar uma fonte de segurança mais profunda, a verdadeira e duradoura segurança. Se nos agarrarmos com todas as forças às estruturas de segurança que erigimos, nunca descobriremos se tal segurança verdadeira existe. Se nunca fizermos nada que nos assuste, se optarmos sempre por aquilo que parece seguro e familiar, nunca enfrentando os nossos limites - nunca cresceremos.

O heroísmo implica  procurar situações que suscitem receio, que nos permitam entrar em contacto com os nossos receios. Tememos aquilo que não conseguimos controlar e, assim, os nossos receios indicam o rumo que deveríamos escolher, nos nossos esforços para crescermos. Quando começamos a experimentar coisas que nos assustam, perdemos o controlo. Se os nossos receios sufocaram a nossa vida, isso é o melhor que nos pode suceder.

Mas que receamos tanto?" - Tommy Hellsten

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018





"O que tu não sabes é que eu sou a tua salvação. Sem mim, nada és. Julgas que supostamente te deves livrar de mim. Deram-me má fama - disseram-te que eu sou o culpado por tudo o que há de errado na tua vida, mas de facto precisas de mim. Estou aqui para ti. Eu sou o teu pequeno exército que podes convocar a qualquer momento para te ajudar a crescer. A superares-te. A atingires o teu pleno e radioso potencial. 

Sem mim, não terias expressão. Nem meio de escoamento. Nem características distintivas. Sem mim, não terias rosto, nem nome, serias um qualquer basbaque num qualquer canto anónimo. Eu sou teu aliado. Teu defensor. Sou a ferramenta da qual és capaz de transmitir a luz que és para este mundo

Sou eu que te permite pegar no telefone e pedir um aumento ao teu patrão. Estou presente quando reúnes coragem para convidar alguém para sair. Ajudo-te a baixares-te sobre um joelho quando pedires a tua apaixonada em casamento. Estou contigo quando vais à entrevista de admissão à faculdade. Ou fazes frente a um amigo que te feriu os sentimentos. Ou te levantas para fazer um brinde diante de uma multidão. Alguém te diz que nunca irás ser grande coisa, e eu insurjo-me. Ai sim? Eu mostro-te. Vê só!

Eu sou um poder bruto que pode, quando arriado para o bem, fazer seja o que for. Só que tu não aprendeste ainda a tirar partido de mim. Não tens de me domar ou vergar pelo chicote à submissão espiritual. Não. O desafio que te faço é que aceites e assumas quem és. Nessa viagem, eu sou o teu melhor aliado.

Agora que te aprestas a dormir, alinha-te comigo. Quando fechares os olhos, imagina que estás rodeado de mim, como se eu fosse um campo de força translúcido - que, de certo modo, sou. Abraça o meu potencial. Fica sabendo que és único. Que és magnificente. Que és pleno de infinita possibilidade. Assim que me tiveres aceitado plenamente, serás capaz de me usar a fim de dares cada vez maiores contributos ao mundo à tua volta. Leva-me para dentro do teu coração. Convida-me. Tenho tanto cabimento dentro de ti como tudo o mais. Amolece ante o sentimento de ilimitação. Adormece. Quando acordares, quando puseres os pés no chão, será com uma potente combinação de poder e paz." - Panache Desai

domingo, 28 de janeiro de 2018





"Uma pessoa que ama viajar sozinha é vista como um espírito livre.

Um verdadeiro nómada que se livrou das amarras da sociedade e se atreveu a marchar ao ritmo da sua própria batida.

O viajante que viaja sozinho não precisa da afirmação de outras pessoas, ele próprio toma todas as decisões mais ousadas, todos os dias. Eles são aqueles com fogo nos olhos, que caminham quilómetros para ver o pôr do sol perfeito. Eles vivem a vida, cada segundo de cada dia, para si mesmos.

Numa sociedade que encoraja o conformismo, isso torna-os desinibidos de alma guerreira.

Viajar sozinho é maravilhoso, pode mudar a vida e é libertador.

Você vai aprender grandes lições sobre o amor, a vida e sobre o incrível planeta em que vivemos. Você vai mudar como pessoa, e vai ficar mais forte.

Você nunca vai depender de ninguém, vai ser o verdadeiro mestre do seu destino.

Conhecer gente nova vai-se tornar uma ocorrência diária, e rapidamente você vai aprender a nunca aceitar menos que isso.

Você vai encontrar a sua tribo, uma mistura de novos e velhos amigos.

No início, vai deixar que qualquer tipo de pessoa estranha e maravilhosa entre na sua vida, mas rapidamente vai aprender a ser mais selectivo com quem fica por perto.

Toda essa magia começa a evoluir desde o primeiro dia, assim que você entra no avião, autocarro ou barco com destino a uma terra distante.

A cada dia que navegar pelo globo como um viajante que viaja sozinho, você vai aprender muito, não só sobre os outros, mas também sobre você mesmo. A bondade de estranhos vai abrir um pedacinho do seu coração que você nem sabia existir.

Como um viajante que viaja sozinho, você vai experimentar o melhor que o mundo tem a oferecer.

Qualquer estereótipo ou visão sobre culturas inteiras ou terras perigosas vai se dissolver à medida em que vê a verdade.

Agora, sobre a sua vida amorosa, bem, sinto muito dizer-te isso, mas viajar sozinho coloca uma imensa bomba anti-cupido em ti.

BUM!

Você nunca mais vai ser “namorável” para pessoas comuns." 

sábado, 27 de janeiro de 2018





"Não é fácil ser homem. Lá por nos armarmos em duros ou imperturbáveis, isso não significa que não soframos de forma profunda e intensa.

À semelhança de qualquer ser humano, os homens sentem a tragédia e a perda. A diferença reside na forma como lidamos com elas. Se perdemos o emprego ou alguém que amávamos, tentamos manter a compostura. Infelizmente, essa mentalidade não mudou muito, ao longo dos anos, tal como as raparigas ainda equacionam a beleza física com o automerecimento. Combatemos as lágrimas por termos receio de que, ao chorarmos, possamos parecer fracos. Mas, independentemente de conseguirmos ou não manter as lágrimas à distância, nunca deixamos de chorar por dentro. Sim, como homens, aprendemos a chorar por dentro. E fazemo-lo a toda a hora, silenciosa e secretamente. É um dos segredos que os homens ainda mantêm. Podemos parecer calejados e insensíveis,  mas, na verdade, somos extremamente sensíveis. Apenas nos ensinaram a guardar para nós esses sentimentos «delicados».

Do que é que temos tanto medo? Na realidade, de várias coisas. Em primeiro lugar, temos medo de perder a reputação ou o estatuto.

Como homens, esforçamo-nos muito por obter respeito e prestígio. E, para tal, sentimos muitas vezes a necessidade de corresponder ao ideal cultural do que significa ser um homem. Os mais celebrados são os homens fortes e duros - são os cowboys nos velhos westerns ou os super-heróis que mais glória têm (e as meninas bonitas). A mensagem é que homem que é homem ganha o respeito dos outros sendo duro - chorando é que não.

Com a pressa de crescer e ser um homem, abandonamos o rapazinho em nós que queria e precisava de amor e validação, mas se viu obrigado a «ser um homem»! A sociedade era, e é, inclemente. Fomos encorajados a esquecer esse menino - a enterrá-lo bem fundo, nas nossas psiques, porque ele representa uma ameaça. Pode envergonhar-nos, expor a nossa faceta vulnerável e «delicada», ou fazer-nos ser despromovidos em estatuto na «Escala Masculina». É muito por essa razão que afastamos as nossas mães na adolescência - por medo de que nos considerem um «menino da mamã». Em muitos aspectos, somos prisioneiros da insegurança do estatuto.

Mas esse menino não se perde para sempre. Apenas se perde de nós. Assumimos todos os trejeitos e poses que compõem a caricatura de um homem «feito». Que tem tudo sob controlo. Mas todos nós ainda temos partes muito jovens que nunca aprenderam que não faz mal ser humano. E, quando menos esperarmos, essas partes jovens em nós aparecem para nos surpreender. Podemos estar no cinema, num funeral, a ler em voz alta para os nossos filhos, ou num casamento, quando, de repente, as emoções nos vêm todas ao de cima e transbordam. Há qualquer coisa que cede e que nos impede de continuar a negá-las.

Temos uma reacção imediata e espontânea quando revelamos inadvertidamente uma parte jovem e vulnerável de nós próprios. Demonstrámos o nosso amor - e, agora, temos de disfarçar.

Mas você não tem de ser assim. Compreender as facetas jovens e inseguras de si próprio e aceitá-las liberta-o. Homem que é homem chora e não faz mal. Aliás, faz-lhe é bem.

Quando choramos, o nosso cérebro liberta endorfinas que nos enchem o organismo de substâncias químicas de bem-estar e nos moderam os humores. Suspirar tem o mesmo efeito. É por isso que no yoga lhe ensinam a respirar e a suspirar. A emissão de sons vibratórios - como um simples «om»- também lhe pode acalmar o corpo e descontrair a mente.

Chorar nem sempre tem de ser contraindicado. No momento certo e no local adequado, é incrivelmente libertador expressar a mágoa ou a exuberância que sentimos, sem vergonha e sem jogar à defesa. É uma expressão poderosa e autêntica da sua humanidade - ou do que significa ser humano e de carne e osso. Ouvimos muito dizer: «As pessoas respeitam-te pela tua imagem, mas amam-te pela tua vulnerabilidade.»

Quando nos permitimos baixar a guarda e aceder ao âmago da nossa humanidade, não perdemos nada. Encontramos, mesmo que «o que» encontramos tenha estado latente, sob a nossa fachada de dureza, durante muitos anos. É claro que algumas das pessoas da nossa vida talvez se sintam incomodadas por nós nos tornarmos mais verdadeiros e abertos - e talvez nos julguem. Mas, por outro lado, talvez sintam que finalmente conseguiram chegar ao nosso «verdadeiro ser» e se aproximem mais de nós. O que nos liberta é o facto de deixarmos de fingir, disfarçar e nos julgar internamente, como se fôssemos menos homens, ou mulheres. 

Essa liberdade recém-descoberta, une-nos de uma forma mais profunda, significativa e satisfatória a nós próprios, às nossas vidas e aos outros. Quando insistimos em aceder ao que é verdadeiro, fazemos sair o melhor que há em nós e nas pessoas que nos rodeiam." - Ken Druck

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018





"Você desafia uma parte da sua personalidade que sente medo permitindo-se senti-la totalmente, e enquanto estiver a senti-la totalmente, opte por não agir com raiva, inveja, medo, etc. Por exemplo, desafia a sua raiva ao permitir-se senti-la totalmente, e enquanto estiver a senti-la totalmente, escolhe não agir com base na raiva. Do mesmo modo, desafia a sua inveja ao permitir-se senti-la totalmente, e enquanto estiver a senti-la totalmente, escolhe não agir com base na inveja. Pode desafiar deste modo qualquer emoção dolorosa: permita-se experienciá-la tão totalmente como puder, e enquanto estiver a experienciá-la, escolha não falar ou agir com base no que sente.

Um desafio é uma in-tenção de mudar para melhor. É quando reconhece uma inadequação em si mesmo e se decide a corrigi-la - usar a sua vontade para dar uma nova forma à sua personalidade. Ao fazê-lo, está a dar uma nova forma à sua experiência.

Desafiar a sua raiva implica não agir nem falar com raiva porque já não está disposto a ser dominado por ela, e não por recear um castigo. Conter a raiva por medo de ser punido representa a procura de poder exterior - é uma tentativa de controlar o seu comportamento para se manter em segurança. Não exprimir raiva por deixar de querer experienciar raiva na sua vida constitui a busca de poder autêntico - está a usar a sua vontade para se mudar a si, e não aos outros, dirigindo a sua atenção para as suas experiências interiores e não para o que julga que lhes está na origem.

Ao alterar as suas experiências interiores, não precisa de mudar repetidamente as suas circunstâncias exteriores. Basta mudar uma vez. Está a desafiar uma parte da sua personalidade quando usa a vontade para se modificar a si mesmo. Por exemplo, desafia uma parte da sua personalidade que se sente zangada quando decide não exprimir ira, mesmo que esteja a tremer de raiva, porque quer modificar-se. Embora possa achar que nada muda em si visto continuar furioso, tudo muda. Antes, atraía pessoas que agem com raiva quando estão furiosas, e depois passa a atrair indivíduos que estão decididos a não agir com base na raiva quando estão zangados. Que pessoas deseja atrair?

Não há outra maneira de deixar para trás as experiências atormentadoras das partes da sua personalidade que sentem medo - remover a agonia das suas emoções dolorosas. Se se sentir zangado ou invejoso neste momento, o que o faz pensar que morrerá menos zangado ou invejoso se não se modificar? Milhões de pessoas morrem iradas, invejosas ou com desejo de vingança. Ninguém se pode modificar sem desafiar as partes da sua personalidade que quer mudar.

Quando essas partes não são desafiadas, permanecem na mesma." - Gary Zukav

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018





«A vida é mais fácil do que julga; tudo o que é necessário é aceitar o impossível, passar sem o indispensável e suportar o intolerável.» - Kathleen Norris

"A maior parte das circunstâncias não são boas nem más, é a nossa maneira de ver que as torna uma coisa ou outra.

Então, porque não encarar a vida como uma aventura, em vez de a encarar como um fardo?" - Ernie Zelinski

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018





"Ultimamente deparo comigo fascinado por uma forma de heroísmo específica: o tipo que recusa apressar-se. Vivemos numa sociedade em que predomina uma pressa crónica. A falta de tempo tornou-se numa indicação de importância e um modo de acumular auto-estima. Se não estivermos numa pressa constante, não somos ninguém. Se o nosso calendário, ou agenda, ou sistema de gestão do tempo não estiver cheio, não somos nada. Se o nosso telemóvel não toca constantemente, há motivos para duvidar da nossa existência. Se não estivermos ocupados, somos inúteis.

Mas terei a coragem de arranjar tempo para o pensamento criativo? Terei a coragem de dizer não? Terei a coragem de entrar num silêncio em que o meu telemóvel não toca, o meu calendário tem um espaço em branco adequado e ninguém me assegura quão importante e essencial sou? Estar indisponível requer grande coragem, porque ao procedermos deste modo, dizemos não a projectos potencialmente interessantes - se nos comprometermos com um projecto acima de tudo, não nos podemos comprometer com centenas de outros.

Este estado de espírito tranquilo não ocorre simplesmente; temos de optar por criar o silêncio e o tempo. Mas desafiar o modo de vida predominante requer coragem. Muitas pessoas sonham em desistir da eterna corrida; falam e tornam a falar disso, com grande nostalgia, mas poucas desistem realmente. Porquê? Porque ao abandonar aquilo que se considera normal entramos numa grande solidão, um terreno sem rumo - e isso é sempre assustador. Quando entramos nesse terreno, podemos ver vestígios de um dragão e sabemos que mais cedo ou mais tarde teremos de enfrentar esse animal." - Tommy Hellsten

terça-feira, 23 de janeiro de 2018





"Sou estúpido. Feio. Gordo. Indigno de amor. Sou um idiota. Um chato. Não mereço felicidade ou prazer. Blá-blá-blá. É assim que muitos de nós falam para si próprios o tempo todo, vinte e quatro horas por dia, mesmo em sonhos. É como se tivéssemos interiorizado o nosso próprio juiz, que tomou residência na nossa cabeça e fala por um megafone. É o nosso tribunal pessoal de acusação e autoflagelação. Sem necessidade de audiência. 

E depois interrogamo-nos porque conscende a nossa realidade. Falamos connosco próprios de uma maneira que não falaríamos ao nosso pior inimigo. E porque existimos numa realidade vibracional - uma realidade em que tudo na vida responde e ressoa com os nossos estados emocionais -, é uma garantia absoluta o facto de todos e quaisquer julgamentos, críticas e avaliações que sobre nós depomos serem de novo ecoados para nós.

A evidência que a sua mente cria é falsa. Quando andava na terceira classe, talvez o seu professor lhe tenha dito que nunca escreveria legivelmente na vida, pelo que a sua mente saltou para o pensamento: Sou estúpido. Um namorado rejeitou-a quando tinha vinte anos, e decidiu: Não sou sexualmente atractiva. Os seus pais divorciaram-se quando era miúdo, e de algum modo isso traduziu-se nisto: Sou indigno. Estas são histórias que conta a si mesmo, histórias que são inteiramente invenção sua, e, contudo, porque delas é o autor, elas governam a sua vida.

O autojulgamento é uma aflição mental. Através do autojulgamento, as pessoas vivem no seu próprio inferno privado, todo e cada dia.

A porta de saída do julgamento é a aceitação. A aceitação serve de ponte entre a mente e o coração. Quando nos aceitamos a nós mesmos em vez de interiorizarmos circunstâncias e opiniões que nada têm a ver com a realidade de quem somos, uma vez mais a energia subjacente está apta a fluir. Mas quando nos julgamos a nós próprios, trancamos essa energia.

O que aconteceria se hoje - agora mesmo - tratasse de aceitar uma coisa pela qual se julgou, ou foi julgado? As suas coxas gordas, por exemplo. Aquela vez em que chumbou no teste de condução. Pare de acreditar nas suas velhas histórias. Essas narrativas provavelmente já não se aplicam. E ainda que se apliquem, o seu julgamento de si próprio cria densidade vibracional e detém a energia que quer fazer o que a energia é suposto fazer: expandir-se e fluir." - Panache Desai

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018





"Lidamos com pontas soltas a vida inteira. As questões por resolver podem-nos deixar com um profundo sentido de injustiça, remorso e desgosto. Há acontecimentos dolorosos irreversíveis. Aquilo que sentimos agora em relação aos mesmos será provavelmente o que sempre sentiremos. É mau! Será sempre mau! As coisas não melhoram, apenas mudam. Só podemos escolher se havemos ou não de sofrer e de nos sentir injustiçados. Essa é a capacidade de renascermos - milagrosamente - das cinzas da tragédia e do desespero, para sentir outra vez toda a beleza, grandiosidade e excelência da vida - em nós. Escolher o amor e a compaixão, em detrimento da amargura e da vingança, é a melhor forma de regressarmos à vida. Pormo-nos novamente de pé, apesar da dor que persiste, é a nossa mais nobre demanda na vida." - Ken Druck

domingo, 21 de janeiro de 2018





"A cultura é um tesouro, mas identificarmo-nos com uma cultura é uma prisão. A sua cor de pele é uma bênção, mas identificar-se com a sua cor de pele é uma prisão. Quando afirma superioridade da sua vida sobre a dos outros, isso é medo, e quando valoriza as vidas dos outros tanto quanto a sua, isso é amor. Quando ama, os colectivos mantêm-se mas a mentalidade de fortaleza não está presente, e a raça, o sexo e a história passam a constituir roupagens que você usa, e não a pessoa que verdadeiramente é.

Quando sente medo, atrai pessoas assustadas e vive com elas num mundo onde o medo impera. Nem todos vivem nesse mundo, mas você vive. Do mesmo modo, quando é amoroso, atrai para si pessoas amorosas e vive com elas num mundo de amor. Não é que todos vivam nesse mundo, mas você vive.

Quando entendemos a lei universal da atracção, podemos escolher por nós próprios. Na realidade, nós escolhemos o nosso mundo quer entendamos a lei universal da atracção quer não, mesmo que não tenhamos conhecimento dela. Quando se sente zangado, acredita que o mundo inteiro está zangado e que se encontra rodeado de pessoas zangadas que validam a sua crença. Se for amoroso, acredita que o mundo é amoroso e que está rodeado de pessoas amorosas que validam a sua crença. As suas experiências validam sempre as suas crenças. Os seres humanos que se regem apenas pelos cinco sentidos afirmam: «Quando vir, acreditarei.» Os seres humanos multissensoriais sabem que verão aquilo em que acreditarem.

Conseguirá atrair o tipo de pessoa que deseja na sua vida tornando-se esse tipo de pessoa. Se quiser pessoas amorosas na sua vida, tem de se tornar amoroso, o que implica descobrir as partes da sua personalidade que não são amorosas e alterá-las. O processo de mudança não é fácil, mas constitui o cerne do desenvolvimento espiritual.

A lei universal da atracção mostra-lhe as suas crenças, pense o que pensar, ou acredite no que acreditar. Acha que é generoso? Repare se as pessoas em seu redor são generosas. Se não forem, você não é tão generoso como imagina. Acredita que é carinhoso? Repare se as pessoas em seu redor se preocupam mais consigo mesmas do que com os outros. Basta-lhe ver claramente as pessoas em seu redor para verificar que valores e crenças sustenta.

A verdade é que não se pode modificar a si mesmo pretendendo, pensando, querendo ou desejando. Tem de haver uma mudança. Ao efectuá-la, deixará de atrair pessoas que pretendem, pensam, querem e desejam mudar. Entrará num novo domínio de experiência, e encontrará aí novos amigos." - Gary Zukav

sábado, 20 de janeiro de 2018





"Um sábio desconhecido aconselha-nos:

«A única forma de impedir o passado é pôr-lhe um fim antes que aconteça.»

Se isto lhe parece impossível, é porque é.

Uma vez que não impediu que o passado acontecesse, não adianta preocupar-se com ele. 

Uma hora de preocupação - quer seja sobre o passado ou sobre o futuro - rouba-lhe uma hora de felicidade." - Ernie Zelinski

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018





"Proveniente de uma falta de amor, o receio constitui o motivo da auto-suficiência pouco saudável e de todas as estruturas de segurança que concebemos. Quando sentimos receio, tentamos controlar a vida em vez de vivê-la; como tal, a via para uma vida saudável exige que enfrentemos o nosso receio. Assim, se sentirmos que a vida é vazia e desprovida de sentido, e nada de fascinante nos acontece, necessitamos de começar a viver perigosamente.

O que é, então, uma vida arriscada? Viver perigosamente significa transformarmo-nos naquilo que somos no nosso mais profundo íntimo, ou seja, significa destruir as nossas elaboradas construções de segurança e entrar em contacto com o nosso autêntico eu. Uma vida arriscada consiste em tornarmo-nos visíveis, permitindo que a nossa verdadeira personalidade surja.

Isto pode não parecer muito dramático nem perigoso, mas é bastante, na realidade: não podemos aproximar-nos do nosso íntimo mais profundo sem abandonar as estruturas de segurança que criámos. Se construímos o nosso sentimento de segurança sobre o álcool, temos de desistir dessa segurança. Se procurámos a segurança agarrando-nos ao conhecimento e à erudição, temos de nos tornar inocentes e indefesos, enfrentando o facto de que o conhecimento já não nos orienta na nossa viagem. Se estivermos sufocados de riquezas, temos de parar de fazer do dinheiro o nosso objectivo principal. Se nos agarramos ao nosso cônjuge, delegando a responsabilidade da nossa vida, temos de libertar-nos dele e aprender a sobreviver por nós próprios. Se nos agarramos à religião e ao pensamento a preto e branco, temos de reunir coragem para avançar para a liberdade. Se procurámos a segurança tornando-nos inofensivos e invisíveis, temos de nos tornar novamente visíveis. Se nos tornámos cronicamente amáveis, temos de aprender a exprimir a nossa raiva.

Como podemos constatar por estes exemplos, a mudança parece extremamente perigosa. Construímos habilidosamente as nossas estruturas de segurança, de modo a protegermo-nos dos sentimentos de grande insegurança que vivemos em alguma fase - geralmente com pouca idade. Quando começamos a pôr em causa e a desmantelar estas estruturas, que parecem ter fornecido a nossa única segurança, temos de enfrentar os sentimentos catastróficos que nos levaram a erigi-las, para começar. Assim, no paroxismo da mudança, podemos sentir que o nosso mundo está a ruir e que estamos a perder-nos e a perder a nossa sanidade.

Eis o motivo pelo qual muitas pessoas não se arriscam a deixar um casamento destrutivo. Não ousam enfrentar os sentimentos de insegurança que o facto de estar sós traria à superfície, com efeito, muitas pessoas prefeririam morrer do que ter de enfrentar esses receios. É também por esse motivo que muitos alcoólicos não conseguem deixar de beber; abandonar a sua única ilha de segurança seria expor os sentimentos e as questões por detrás da bebida. A verdadeira recuperação exige que abordemos tais questões - embora a sobriedade seja um pré-requisito, não basta, por si só.

Renunciar às nossas estruturas de segurança suscita frequentemente um receio tão grande, que não estamos dispostos a enfrentá-lo, até não termos outra hipótese senão abandoná-las. Ainda assim, muitas pessoas optam pela autodestruição ao invés da autodescoberta." - Tommy Hellsten

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018





"Eu sou o teu segredo. Eu sou aquilo que fazes quando não está ninguém por perto. Eu sou o teu prazer culposo. A parte de ti próprio que não toleras admitir. Manténs-me trancada, oculta de vista. Tens tanto medo do que pensará o mundo se fores exposto.

Eu sou o teu escape.

A tua retorcida companheira.

O teu refúgio.

O teu amor.

Sou a fonte da tua confissão - ou talvez não me confesses sequer. Sou a tua confusão e o teu conflito. A tua batalha interior. Sou a tua pornografia. A tua sexualidade oculta. O teu charro nocturno. As tuas garrafas escondidas debaixo do lava-louça. Sou as tuas compras. A dívida do teu cartão de crédito. Os teus comprimidos para dormir. A tua bisbilhotice. Sou tudo o que anseias e abominas.

Crês que eu te ponho à parte. Que mais ninguém se sente como tu sentes. Que mais ninguém faz o que tu fazes. Que a tua vida secreta é única e feia e só tua. Quando subjugado por mim, podes ouvir portas a fecharem-se com estrondo. Podes ver grades nas janelas. Erigiste a tua própria prisão, comigo no lugar de paredes. Sempre que eu estou na iminência de extravasar - liberta, apresentada a alguém na tua vida -, recusaste-te. Não és capaz. Receias que se as pessoas souberem de mim, te marginalizem. Não haveriam de entender. Apontar-te-iam o dedo e ririam. Ou pior. E portanto agarras-te a mim com toda a força. 

Vou contar-te um segredo. 

Há apenas uma maneira de começar a afrouxar o aperto que exerço em ti. Admite que eu existo. Diz o meu nome em voz alta. Sabes que queres fazê-lo, ainda que seja assustador. Podes sussurrá-lo. Fá-lo agora mesmo. Com a tua cabeça na almofada, dá-me voz. Ninguém ouvirá. Entende que, ainda que o fizessem, não importaria. Entenderiam, pois também eles estão familiarizados comigo.

Faz luz sobre mim.

Não te amedrontes.

O que descobrirás é isto: Não estás só.

Quando tomares consciência de que és um numa multidão, que ser humano é sentir-me, será aí que eu afrouxarei o meu aperto sobre ti. 

Será aí que finalmente te largarei." - Panache Desai

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018





"Há uma enorme diferença entre as relações sexuais a correr, orientadas para o resultado, e fazer realmente amor com o seu parceiro. Toda a gente adora um bom orgasmo. Mas o clímax é um troço da viagem e não o percurso em si. Desfrutar do processo de amar completamente outro ser humano é a melhor parte da jornada - e gera uma satisfação infinitamente maior (e, com frequência, orgasmos).

As relações têm o infinito potencial para serem profundamente compensadoras, das mais variadas e surpreendentes formas. E aí se inclui a intimidade sexual e não-sexual. As possibilidades são infinitas no que toca a demonstrar amor, afecto e desejo por outra pessoa - o sexo não é imprescindível.

Agora, vá-se lá tentar dizer isso à geração do Viagra. É uma mensagem cultural que se envia incessantemente aos homens: a erecção é tudo. Mas, na sua ausência, há outras formas de «união». Existem realmente muitas outras fontes de prazer, romance, satisfação e realização que lhe podem proporcionar um profundo sentido de união com a pessoa que ama.

Entende a analogia? Não se prende apenas com o sexo - tem que ver com a nossa propensão, enquanto sociedade, para nos centrarmos apenas no resultado. Tudo gira em torno do prémio, da linha de chegada e do negócio fechado. E o percurso até lá é secundário.

O tantra nasceu na Índia, há mais de seis mil anos, como reacção contra o estado de coisas acético. Os praticantes de tantra acreditam que o sexo expande efectivamente a consciência - visa «manifestar, expandir, demonstrar e criar». O tantra expande simples momentos de êxtase sexual numa vida de beatitude sexual. Como metáfora, tem que ver com saborear todos os momentos que compõem a viagem de uma vida." - Ken Druck

terça-feira, 16 de janeiro de 2018





"A maior parte das pessoas acham que as suas experiências lhes demonstram quem elas são, e não o que escolheram. Elas desconhecem possuir a capacidade de moldar as suas experiências, tal como o oleiro dá forma ao barro. Você não é o produto acabado de um artista desconhecido e impossível de conhecer. É o artista, e também é a arte que está a ser criada. É a si que compete fazer a escolha das cores, decidir onde deve acrescentar ou tirar barro, e é sua a decisão de criar uma arte escura e deprimente, ou leve e alegre. A sua capacidade criativa não tem limites.

Ao identificar-se apenas com algumas cores e formas, está a limitar arbitrariamente as suas experiências, e é isso que faz quando toma as mesmas opções uma e outra vez. Se gritar sempre que estiver zangado ou se se retrair quando se sentir assustado, estará a criar a consequência inevitável - as pessoas afastam-no. Elas não partilham consigo os seus pensamentos e sentimentos, e não conseguem descontrair-se ao pé de si, nem você ao pé delas.

Estas consequências de optar por gritar ou retrair-se emocionalmente ao sentir desagrado não reflectem a sua pessoa. Não, apenas demonstram as suas escolhas. É possível optar por não se retrair emocionalmente quando se sentir assustado, e não gritar, nem quando estiver a tremer de raiva. Então pode criar experiências diferentes. Passará a ser apreciado e uma fonte de inspiração. Começarão a aparecer na sua vida indivíduos que se debatem com as mesmas questões e poderão apoiar-se mutuamente.

Gritar com raiva,

sofrer com ciúme 

e

retrair-se com medo

reflectem

O QUE VOCÊ ESCOLHEU

e não

quem você é.

Enquanto não vir que as suas experiências são consequências das suas opções, pensará que elas são justas ou injustas, boas ou más. Sentir-se-á um barco à deriva, à mercê das ondas. Esta é a experiência de um vítima. Quando estabelece a relação entre as suas escolhas e as suas experiências, não precisa de criar as mesmas experiências. Pode criar outras, tomando opções diferentes. Então o seu barco terá leme, a sua mão estará no comando, e poderá navegar, qualquer que seja a altura das ondas que venham contra si." - Gary Zukav

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018





"A gravidade dos seus problemas é uma questão de perspectiva.

Altere a sua perspectiva e a maioria deles tornar-se-á insignificante.

Alguns deixarão de existir como problemas, e serão, em vez disso, oportunidades." - Ernie Zelinski

domingo, 14 de janeiro de 2018





"Quando nos retiramos do momento presente, retiramo-nos do único momento em que a vida está presente. Quando adiamos a vida para mais tarde, nunca nos envolvemos. Podemos preencher o nosso tempo com tantas tarefas, que nunca se torna necessário determo-nos e enfrentar a realidade. Quando não temos tempo para reflectir, nunca necessitamos de enfrentar o nosso vazio e a nossa imperfeição. Quanto maior é a nossa angústia, mais rápido é o nosso ritmo. Quanto mais rápido é o nosso ritmo, maior a nossa angústia. Ironicamente, parecemos fugir daquilo de que estamos à procura: a experiência de sermos amados e valorizados. Procuramos desesperadamente por toda a parte algo que poderíamos encontrar no nosso interior, no nosso ser autêntico, a nossa fraqueza, a nossa humanidade. Se nos permitissemos comunicar a nossa fraqueza e vulnerabilidade, alcançaríamos o amor e a convicção de que somos suficientemente bons e temos direito a uma boa vida. Poderíamos alcançar aquilo que procuramos, simplesmente detendo-nos e estando abertos para o receber.

Outras formas de ocultar a nossa fraqueza humana incluem tentar tornarmo-nos perfeitos. Quando decidimos que sabemos tudo e sabemos como fazer tudo bem, entramos num território em que a fraqueza é proibida. Escapamos à fraqueza tentando alcançar o seu oposto, a perfeição. Se formos perfeitos, nunca ninguém será capaz de nos apanhar em falta - mas também nunca ninguém será capaz de nos amar. O escudo da perfeição protege-nos do amor e ao escudarmo-nos contra o amor, negamos a nós próprios a oportunidade de uma vida autêntica.

Também podemos controlar a vida tornando-nos invisíveis, assegurando-nos de que não temos opiniões, necessidades ou sentimentos complicados - melhor ainda, de que não temos quaisquer opiniões. Ocultamos os nossos talentos ao invés de utilizá-los, pois ser criativo atrairia a atenção, o que é perigoso. Quando nos apagamos, de modo a não podermos ser vistos, deixamos de ser vulneráveis. Deixamos de necessitar seja do que for dos outros, nem sequer de amor; deixamos de testar o ambiente que nos rodeia seja como for, nem ocupamos o espaço que nos pertence por direito. Não defendemos uma posição, não provocando problemas nem incómodos - e ao nunca corrermos o risco de sermos vistos como realmente somos estamos efectivamente a controlar o ambiente que nos rodeia. Criamos segurança, excluindo tudo que possa sugerir vida. O preço que pagamos por isto pode ser elevado, mas sentimos que nenhum preço é demasiado elevado quando a segurança é uma prioridade crucial.

Outra estrutura de segurança consiste em viver a vida dos outros, de modo a não termos de viver a nossa. Podemos concentrar-nos nos assuntos dos outros; podemos considerar, sentir e apreender as coisas do seu ponto de vista. Ao proceder deste modo, evitamos analisarmo-nos. A necessidade compulsiva de cuidar dos outros constitui uma manifestação desta auto-suficiência pouco saudável: salvamos constantemente os outros das consequências das suas acções; ajudamo-los, compreendemo-los, apoiamo-los, consolamo-los e encorajamo-los, ainda que ninguém nos tenha pedido para o fazermos. Ao concentrarmo-nos nos outros, perdemos o contacto connosco próprios quase por completo." - Tommy Hellsten

sábado, 13 de janeiro de 2018





"Quem, eu? Eu não sinto  vergonha. Já passei por cima disso tudo. Mas a vergonha é insidiosa. Não se apresenta em luzes néon. Na sua vida diária, não se manifestará como vergonha. A sensação que dará - e aposto que isto é algo que você tem sentido numa base regular - é de desmerecimento.

Isso mesmo. Desmerecimento.

Agora já lhe captei a atenção?

Um amigo ou um colega faz-lhe um elogio. A sua irmã diz algo amável a seu respeito. O seu namorado compra-lhe flores. E... você não consegue receber. Não aceita. A sua própria linguagem corporal é recuar. Baixar a cabeça, gesticular com as mãos - rechaçando o elogio. Não, não, balbucia. Talvez core. Fica um bocadinho entorpecido emocionalmente. Sente-se embaraçado.

Isto é vergonha em acção.

A vergonha é a corrente subterrânea que o mantém a viver na crença de que é desmerecedor de toda a magnanimidade que a vida tem para oferecer.

Algures pelo caminho, interiorizámos a crença de que somos - no mais profundo dos nossos seres - imperfeitos e errados. A vergonha não é uma emoção humana natural. Os bebés não nascem a sentir vergonha.  Fabricamo-la dentro de nós, como castigo por não aderirmos às normas da sociedade. Mas aqui está uma ideia provocadora. Se sentimos vergonha dos nossos pensamentos e actos privados - não conhecemos, não podemos conhecer, os pensamentos privados das outras pessoas, de modo que comparamos os nossos interiores aos exteriores alheios -, não nos permitimos o conhecimento transformador de que estamos tão longe de estar sós. As nossas mais íntimas expressões, pensamentos e comportamentos são a verdadeira norma. Só que não falamos disso. A vergonha mantém cada um de nós no seu próprio armário escuro - escondido da luz do dia.

Na nossa experiência do dia a dia, a chave para reconhecermos a energia da vergonha é darmos por nós quando nos estivermos a retrair.

À medida que for avançando por este dia fora - este dia precioso e único -, tome consciência de cada vez que se retrair. De cada vez que se defender. Pode manifestar-se como escrúpulos. Desconforto. Embaraço. Um desejo de fugir. Poderá até rir-se constrangido. Está a ver esse sorriso ou risinho nervoso? É retraimento, bem patente. Repare quão mais fácil é, no decurso do seu dia a dia, receber censura e crítica do que amabilidade e louvor.

Quando der consigo a retrair-se, pare. Respire direito ao coração. Abra as palmas das mãos. Só este simples gesto permitir-lhe-á começar a receber o amor, o apoio, a ajuda, o louvor, o pequeno acto de amabilidade. Alguém lhe oferece um lugar no comboio. Ou simplesmente sorri-lhe quando passa. Sentimo-nos tão constrangidos quando alguém sorri para nós, não sentimos? O nosso palavreado interior, se pudéssemos realmente ouvi-lo, seria este: Oh, Deus, não podes estar a sorrir para mim. Se soubesses o que eu escondo cá dentro, não sorririas para mim...

A nossa vergonha considera-nos indignos de amor.

Impede-nos de pedir ajuda.

Mantém-nos emperrados e a girar na mesma velha história.

Só por hoje, passe à receptividade. O seu retraimento é o seu mapa de estradas. Tire-se do vórtice invisível de vergonha que se tornou a sua configuração por defeito.

Só por hoje, veja que tal sabe abrir esse punhos cerrados - esse coração cerrado - e receber toda e cada coisa boa." - Panache Desai

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018





"Por vezes, o maior desafio da vida não é a provação nem o sofrimento. É a alegria.

Em geral, é-nos mais difícil sentir alegria e discernir os milagres da vida do que sobreviver à mágoa e ao sofrimento. Tal como diz a autora Marianne Williamson, na sua famosa citação: «O nosso maior receio não é sermos uns incapazes. O nosso maior receio é termos um poder desmedido. É a nossa luz e não a nossa sombra que mais nos assusta.»

Muitas pessoas têm ao seu alcance a alegria de cantar, dançar, pintar, actuar, escrever e outras formas maravilhosas de expressão criativa, no entanto, não recorrem a essas ferramentas. Podemos levar algum tempo a libertar-nos da vergonha, do medo, do embaraço e da autocrítica que nos impedem de aceder à alegria. É o que acontece sobretudo a quem se viciou no consumo de bebidas alcoólicas, drogas, comida ou no trabalho para se sentir bem. Mas nós merecemos! Um bom ponto de partida pode ser um workshop, um curso, um qualquer tipo de terapia ou programa em que se ensine as pessoas a desinibirem-se e a expressarem-se, para ganharem confiança e sentirem a alegria de estarem vivas.

Outro dos motivos pelos quais deixamos escapar o nosso maior direito inato como seres humanos - ou seja, levar vidas abundantes em alegria e objectivos - é muito simples: gerimos mal a nossa energia e o nosso tempo. No actual mundo acelerado em que vivemos, muito poucas pessoas se sentem inclinadas a arranjar tempo para rejubilarem, celebrarem e saborearem as bênçãos que já têm nas suas vidas.

Ouvimos as mesmas coisas tantas vezes que elas até já se tornaram clichés. «Vive o momento!», dizem os autocolantes. «Vive o agora!», declaram os guias de autoajuda. Filmes como Nunca É Tarde Demais falam sobre a importância de viver a vida ao máximo, antes de acabar o tempo que temos aqui na Terra. Receber cada dia da sua vida como se fosse uma dádiva preciosa e dar o devido valor a quem ama. E, apesar de tudo, é sempre muito fácil falar sobre apreciar o que temos e as nossas famílias, ou viver na luz. Já fazê-lo é o cabo dos trabalhos.

Só temos este momento. Se não aprendermos a viver neste eterno momento fugaz, sofreremos a maior perda de todas: viver as nossa vidas.

Mas, lá está: é sempre mais fácil dizer para «viver no agora» do que fazê-lo, não é? Muitas pessoas permanecem atoladas no passado e fixadas no futuro. Não abrimos os olhos, os ouvidos, os sentidos e o coração ao que acontece aqui e agora. À intimidade dos relacionamentos que temos. À beleza da natureza ao nosso redor. À prosperidade de que gozamos. Ou, por outro lado, estamos programados para nos mantermos sempre em andamento - não temos botões de pausa ou stop no nosso software. Somos «corredores» que seguem em dez direcções ao mesmo tempo. Somos artistas de escapismo, sempre a escapulir-nos, quase invisíveis, do aqui e agora. Em resultado, deixamos escapar as melhores partes da viagem!

Jamais teremos acesso à riqueza da vida, enquanto não ultrapassarmos este novo vício em actividades constantes e manobras de diversão, e enquanto não encontrarmos uma forma de parar, para sentir e saborear o momento - em vez de fugirmos dele a sete pés. Nunca nos iremos sentir satisfeitos. Nunca havemos de sentir gratidão ou paz. Continuaremos só a correr de uma coisa para a outra - para a «dose» seguinte de actividade -, justificando essa atitude quando for necessário.

A Alegria É Um Músculo. Se não o exercitar, deixará escapar as melhores partes da sua vida. E não se trata de nenhum cliché! É a realidade!" - Ken Druck

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018





"Todos sabemos que, quando fazemos uma escolha, essa escolha altera a nossa experiência. Quando você aceita um novo emprego, muda de cidade, ou se casa ou se divorcia, a sua experiência altera-se. Isso é evidente, mas outras escolhas de que mal se apercebe modificam igualmente a sua vida. Por exemplo, quando grita por se sentir zangado isso é uma escolha, mesmo que não a encare como tal. Mesmo que parta do princípio de que é natural gritar quando está zangado, isso não deixa de constituir uma opção. Ao gritar, está a criar consequências específicas - as pessoas evitam-no ou começam a discutir consigo. Quando não grita, mesmo que esteja zangado, acontecem coisas diferentes.

Todas as suas opções dão origem a consequências, quer pense na sua escolha quer não, ou quer tenha ou não consciência de estar a fazer uma escolha. Ao fazer uma escolha, está a criar consequências para si próprio. É por isso que é importante entender que está sempre a tomar opções, e tomar consciência do que está a escolher. Se não fizer esse esforço, continuará a deparar com consequências que podem não ser exactamente as que deseja." - Gary Zukav

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018





"Faça sempre a coisa mais certa e honesta, independentemente  do quão difícil pareça ser.

A longo prazo, verá que era a coisa mais fácil e recompensadora a fazer.

Como diz Buda: «Carma significa que tudo tem consequências.»" - Ernie Zelinski

terça-feira, 9 de janeiro de 2018





"Na nossa cultura ocidental construimos uma sociedade mais segura do que muitas outras. Conseguimos erradicar praticamente a fome, a sede, a guerra e o frio. Eliminámos confrontos com a morte e o sofrimento das nossas vidas quotidianas - apenas a umas gerações de distância de uma época em que as pessoas normalmente sofriam e morriam em casa. Embora não tenhamos obtido controlo sobre a morte, conseguimos criar circunstâncias que mantêm a morte o mais afastada possível da nossa existência diária. Ao longo das eras, as pessoas procuraram cada vez mais as suas vidas nas grandes cidades, refugiando-se das catástrofes naturais e da insegurança. Embora a natureza esteja fora do nosso controlo, nas cidades sentimo-nos seguramente distantes dessas ocorrências, vivendo num mundo artificial sob a ilusão de um controlo quase perfeito.

Ao eliminar todo o drama natural da nossa sociedade, somos facilmente embalados por uma noção de que a própria vida pode ser controlada. Começamos a pensar e a crer que a vida não pode - e não deve - tocar-nos ou magoar-nos. Colocamo-nos acima da imponência dos processos naturais da vida, ditando condições e fazendo exigências. Trata-se de uma tragédia, pois ao procedermos deste modo perdemos as nossa vidas: a nossa existência pode parecer segura e totalmente sob controlo, mas a própria vida já não se encontra presente. No entanto, a vida não pode ser enganada e recusa-se a ser observada de uma distância segura. A vida não oferece posições seguras e, por conseguinte, não oferece modo de evitar ferimentos, nódoas negras e marcas de sujidade - pelo contrário, só aguentando a dor do infortúnio poderemos saborear verdadeiramente as alegrias triunfantes da vida. Estas duas coisas são inseparáveis; não podemos ter uma sem a outra." - Tommy Hellsten

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018





"A vergonha e a culpa nascem ambas do julgamento, mas há uma distinção entre elas: a vergonha é silenciosa. Vestimos a nossa culpa - e escondemos a nossa vergonha. Somos capazes de partilhar a nossa culpa - é uma forma de buscarmos aceitação. Mas não partilhamos a nossa vergonha. Trancamo-la, em vez disso, num armário escuro onde esperamos que jamais seja revelada, mas o tempo todo ela vai dando forma à nossa vida.

Porque aquilo que não trazemos à luz do dia controla-nos.

A vergonha conduz ao isolamento. O antídoto para a vergonha é a intimidade. Autêntica vulnerabilidade. Estes estados emocionais são um e o mesmo. Para sermos verdadeiramente íntimos com outra pessoa, temos de ser autenticamente vulneráveis. Além disso, quando atingimos esse ponto de vulnerabilidade, somos igualmente capazes de receber - verdadeiramente receber - de outrem. Quando expressamos tudo o que somos, não há espaço para que a vergonha se insinue. Esta disposição para sermos honestos, mesmo que por vezes seja desconfortável, é a forma como libertamos a vergonha dentro de nós, para que não mais possa ganhar peso e densidade.

Olhe-se nos seus próprios olhos ao espelho. Simplesmente relaxe e respire. Mantenha o olhar fito. Veja a parte de si que é sagrada. Veja a sua alma. Veja a sua verdade. Testemunhe a parte de si próprio que não pode ser maculada. A simples parte de si que é livre das complexidades da vida. Desta posição de intimidade consigo próprio, expresse a verdade que não pode ser dita. A sua mais profunda vergonha. Prometo-lhe que esta profunda vergonha é partilhada por todo e cada ser humano. Ao dar-lhe voz, está a deixá-la ir. Ao permanecer silencioso, está a alimentá-la, a permitir-lhe que cresça em densidade. A sós num quarto, permita o enorme rebentar e escoar da represa que criou por se acreditar horrível. Não está só. Julgamos estar sós na nossa horribilidade, mas não estamos. Com efeito, não somos horríveis. Somos um e o mesmo." - Panache Desai

domingo, 7 de janeiro de 2018





"Há muitas coisas que podemos fazer para melhor assegurarmos a segurança e o bem-estar da nossa família, de nós próprios e das liberdades que acarinhamos. Por vezes, talvez tenhamos de nos chegar à frente e de lutar, pelo que temos de estar preparados para essa eventualidade. Por outro lado, talvez tenhamos de partilhar ou até de ceder o controlo. Em última análise, jamais poderemos controlar completamente a nossa vida. Podemos apertar a corda até ficarmos com os nós dos dedos brancos, mas será em vão. Há sempre muita coisa que não está nas nossas mãos.

Quando nos limitamos a reconhecer que vivemos um pouco a vida segundo os termos que ela nos impõe, deixamos de sentir a necessidade de controlar tudo. Abdicar da ilusão de controlo é uma das maiores dádivas que podemos conceder a nós próprios e a quem nos rodeia. Para além disso, abre-nos as portas a um dos maiores mistérios: o maravilhoso inesperado só acontece quando nos libertamos das nossas expectativas. Só quando esvaziamos a mente é que podemos ter revelações capazes de nos mudar a vida. Só quando nos permitimos sentir o nosso isolamento é que descobrimos como fazemos realmente parte do todo.

Todos somos uma «obra em curso». Não existem obras-primas acabadas entre os seres humanos. Mas quanto mais honestos formos no que respeita aos nossos receios e quanto menos lhes dermos corda no palco da vida, menor necessidade sentiremos de controlar os outros e as suas reacções. E mais paz e liberdade obteremos.

Será oportuno deixar outra pessoa assumir o leme, de vez em quando? Aprender a libertar-se e a confiar?" - Ken Druck

sábado, 6 de janeiro de 2018





«A felicidade não é uma coisa pronta que Buda possa dar-vos. Vem das vossa próprias acções.» - Dalai Lama

"Depender dos outros para ser feliz é provavelmente a maneira mais difícil de alcançar a felicidade.

Experimente acender o seu próprio fogo, em vez de esperar que o fogo de outra pessoa o aqueça." - Ernie Zelinski

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018





"Qual o verdadeiro valor da fraqueza? O que é esta impotência que necessitamos de reconhecer para podermos crescer? Existirá realmente?

Na nossa cultura ocidental, a maioria das pessoas gere o emprego da vida bastante bem. À superfície, não parecemos fracos nem impotentes. Temos um certo êxito: realizamos o nosso trabalho, temos bastante para comer, temos algum tempo livre para desfrutar, compramos acções, temos filhos, navegamos na Internet, organizamos reuniões estratégicas. Então, porquê toda esta conversa acerca da fraqueza e da impotência? Que tem isso a ver connosco? Porque deveríamos, subitamente, desenvolver essas estranhas qualidades, quando as nossas vidas parecem decorrer bastante bem?

Superficialmente, a impotência parece algo de remoto. Apesar dos conflitos, da violência e do sofrimento que amaldiçoam grande parte da humanidade - a que nenhuma nação está agora imune -, a vida no Primeiro Mundo é ainda relativamente segura em comparação com o resto do globo. Aqui, a maioria das necessidades básicas das pessoas são satisfeitas e, além disso, muitas desfrutam de uma abundância de bens e de conforto.

Mas um exame mais atento, por debaixo da superfície, revela que não estamos a ser assim tão bem sucedidos. O brilho e os atavios da boa vida encobrem a tristeza e a fúria, a amargura e a mágoa. A maioria de nós acalenta uma necessidade insatisfeita de intimidade com os outros. Em muitos de nós, este desejo de ser amado manifesta-se como uma dor lancinante que nos desperta todas as manhãs e perturba o nosso sono todas as noites.

É frequente determo-nos a pensar em questões dolorosas sobre o significado da vida: quem sou eu e por que vivo? Porque me forço a acordar todas as manhãs e ir para um emprego de que não gosto? Porque estou constantemente triste e preocupado? Porque receio o futuro, a doença, a pobreza e a morte? Terei de passar o resto da minha vida só? Porque me sinto tão só, embora acorde ao lado de alguém todas as manhãs? Estarei condenado a permanecer junto dessa pessoa apenas por não ter coragem para partir? Porque nunca pareço ter dinheiro suficiente? Porque não me respeitam os meus filhos? Porque acordo sempre com dores de cabeça? Porque tenho dores de estômago constantes? Porque nunca pareço ter tempo livre? Por que motivo os problemas de trabalho me despertam a meio da noite? Por que motivo a vida não mudou para melhor?

De onde provêm estas questões? Que significam? Serão perturbações externas que sabotam injustamente a nossa felicidade - intrusos que devem ser silenciados como irrelevantes e insignificantes? Ou teremos de prestar uma séria atenção a estas mensagens? Será que estas questões resultam da nossa incapacidade de enfrentar a fraqueza? Nascerão no local em que secretamente nutrimos sentimentos de abandono e rejeição? Se tentarmos, durante toda a vida, evitar algo de importância essencial no nosso interior, essa parte reprimida de nós acabará por emergir com tal intensidade, que abala as fortificações que construímos para proteger a nossa falsa felicidade.

Estas questões surgem do mais profundo de nós, da nossa verdadeira identidade. Com persistência irritante, batem constantemente à porta, pois trazem consigo mensagens essenciais acerca de tudo o que negligenciámos a abandonámos em nós próprios e nas nossas vidas. Provêm da região da fraqueza. São emissários do local para o qual nos dirigimos.

Mas para onde nos dirigimos? Alguém ainda saberá o rumo da vida?

De uma coisa, pelo menos, podemos estar certos: para todos nós, a vida que nos é familiar terminará um dia. Dirigimi-nos para o momento em que abriremos as mãos e a vida se escoará. A morte é a derradeira fraqueza. Significa perda total de controlo sobre as nossas vidas - impotência e rendição totais.

Será que esta perda de controlo que nos aguarda no final dos nosso dias constitui um indício daquilo que importa na vida? Talvez a vida nos convide a renunciar ao controlo antes de este nos ser retirado, irrevogavelmente, pela morte. A realidade da morte indica o valor da vida que a antecede. A morte lembra-nos de vivermos bem as nossas vidas, pensando naquilo que é verdadeiramente importante. Uma vez que a morte nos despojará de tudo o que é desnecessário, oferece-nos uma linha  de conduta para as nossas vidas. Tudo o que não resistir perante a morte não é, afinal, importante. Neste sentido, a morte pode ser considerada como o auge da vida humana. É a fanfarra vitoriosa que termina o processo de crescimento de toda uma vida. É a nossa cerimónia de prémios mais alegre - e o nosso prémio consiste na entrada para algo novo, no final da nossa antiga existência. 

Dirigimo-nos para a fraqueza absoluta. Mas na fraqueza aprendemos o que é importante e duradouro na vida. Ao reconhecermos a nossa fraqueza, entramos na vida através da morte. As nossas fachadas desmoronam-se, o nosso falso eu morre e unimo-nos ao nosso verdadeiro e autêntico eu." - Tommy Hellsten

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018





"As pessoas minadas de culpa não se atrevem a ser abundantes ou felizes porque acreditam fundamentalmente que fizeram algo hediondo. Mas apenas pensam nos seus seres passados. Esquecem-se de que apenas operavam a partir do estado de consciência de então.

A culpa é uma energia insidiosa, pois consome as pessoas. Por vezes a culpa nem sequer é sua. É algo que lhe foi inculcado pelos seus pais ou talvez por uma instituição religiosa. Os nossos mundos interiores estão frequentemente cheios de pensamentos sobre as formas como fizemos asneira. Talvez tenhamos feito asneira deixando-nos ficar enquanto algo horrível acontece a uma pessoa. Ou tenhamos feito de alguma forma batota, ou mentido, ou deixado-nos extraviar. Fosse o que fosse, essa culpa acumula densidade dentro de nós quando nos agarramos a ela. Vinte anos mais tarde, carregamos ainda com todas essas histórias de um lado para o outro como se de pesada bagagem se tratasse. Elas atormentam-nos e interpõem-se na nossa evolução.

A culpa incapacita-nos de receber tudo o que a vida nos oferece. Se a vida nos presenteia com relacionamentos, oportunidades, dinheiro, tudo sabotaremos por não nos sentirmos merecedores. Castigamo-nos, sem fazer de todo ideia porque o fazemos. A culpa tranca a realidade do desmerecimento. Pode amarrar gerações. A culpa numa linhagem familiar é como uma corda de roupa que se estende através do tempo.

Mas nós podemos romper o ciclo. Não que alguma vez queiramos esquecer o que se passou ou sancionar o que ocorreu. Mas podemos situar a culpa na devida perspectiva.

Reúna as partes culpadas de si próprio. Abrace-as. Traga à mente algo de que se sinta terrivelmente culpado. Pode ser qualquer coisa a que se esteja a agarrar - desde a tablete de chocolate que roubou da loja da esquina em miúdo, até à aventura amorosa que teve ou quis ter. Reconheça a distância entre o então e o agora. A evolução que advém do tempo permite uma maior tomada de consciência. Permita a energia subjacente que sustém a energia no lugar, pronta a assomar. Essa energia é quase sempre tristeza. Sinta-a. Sinta-a toda. Olhe para trás para o seu eu passado com esse mesmo amor. Permita bem mais amplidão do que a que tinha quando se envolveu em seja o que for a que se agarra agora. Não pode fazer-se refém. Tudo o que pode fazer é ir ao encontro dessa versão de si mais jovem e menos evoluída com compaixão e equanimidade. Afinal de contas, neste momento - hoje - faria as coisas de modo diferente se pudesse. Portanto abrace-se. Ampare-se. E liberte-se. Tudo bem que siga em frente." - Panache Desai

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018





"As mudanças inesperadas na nossa vida funcionam como chamadas de atenção. Elas levam-nos a constatar que nada está sob o nosso controlo. Quanto mais nos agarramos à ilusão de que controlamos tudo, mais dificuldades teremos em encontrar alguma paz. É um círculo vicioso: por tentarmos evitar a perda, acabamos por nos apegar ainda mais a ela. Quando estamos magoados, assustados e tentamos controlar tudo, podemos perder o que amamos.

No domínio dos relacionamentos, a questão do controlo torna-se extremamente problemática. Quanto mais tentarmos controlar o outro, mais dificuldades teremos em nos aproximar dele. Aliás, quanto mais tentarmos controlar a outra pessoa, mais nos arriscamos a perdê-la. Ninguém gosta de se sentir sufocado e dominado. Mesmo que fique fisicamente consigo, perde emocionalmente a pessoa que tenta controlar.

Pode ser um dos tipos mais devastadores de perda. Sentir que o nosso parceiro se está a distanciar cada vez mais de nós e que, de algum modo, fracassámos. A relação mantém-se, mas sentimo-nos completamente sós. E a sensação de estarmos a dormir ao lado de um parceiro intocável, inalcançável e inacessível pode ser terrivelmente dolorosa. Para muitas pessoas, o pior tipo de solidão é aquele em que se sentem isoladas da outra, estando cada qual num dos lados de um fosso que lhes parece intransponível.

Temos essencialmente duas hipóteses: levar a bem os aspectos desconhecidos da vida. Temos esperança, rezamos, esforçamo-nos por melhorar o que pudermos e permitimos que as coisas sucedam. Ou cerramos os punhos e levamos os acontecimentos a peito, tememos o pior e tentamos controlar tudo, num frenesim desgraçado e atazanando todos os que nos rodeiam. Em vez de fincar o pé, faria melhor se aprendesse a deixar andar." - Ken Druck

terça-feira, 2 de janeiro de 2018





"Observa a tua mente. Sê curioso, procura saber. Acolhe a incerteza. Descontrai e relaxa. Oferece ao caos uma chávena de chá. Deixa de pensar em 'nós e eles'. Não vires as costas. Tudo o que fizeres e pensares afecta todos os habitantes do planeta. Deixa-te tocar pela dor do mundo e deixa que o calor da compaixão cresça dentro de ti. E nunca desistas de ti próprio." - Pema Chödrön

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018





«Não abandones um velho amigo; pois o novo não se lhe compara: um amigo novo é como o vinho novo; quando for velho, bebê-lo-ás com prazer.»

"Um provérbio escocês avisa-nos: «Os amigos perdem-se quando os procuramos de mais e quando os procuramos de menos.»

Lembre-se que requer dez vezes mais tempo e energia fazer um amigo novo do que manter um velho amigo." - Ernie Zelinski