quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018





" Hoje bem lhe pode ser pedido que faça alguma coisa que sente que o ultrapassa. Talvez isso ocorra no trabalho. Aterra-lhe na secretária um projecto que está completamente fora da sua esfera de conhecimento. O prazo para a inspecção do seu carro expirou e não tem tempo para ir tratar já do assunto. Talvez aconteça em casa. Tem uma questão com um dos seus filhos com que, macacos o mordam, não sabe lidar. Talvez aconteça com o seu corpo físico. Tem estado em dieta e cada pastelaria por onde passa chama pelo seu nome.

Como lidamos com os duros desafios de enfrentar tudo aquilo a que somos chamados a dar a cara? Tantas vezes parece impossível! Simplesmente é de mais. Só queremos atirar com a toalha ao chão. Desistimos antes sequer de tentarmos. Permitimos que o nosso diálogo interior e as nossas limitações levem a melhor.

E que tal reconhecermos que temos a fortaleza interior e a capacidade de fazer seja o que for necessário? Sabermos que podemos fluir com o rio - seja o que for que ele nos apresente?

A vida traz-nos continuamente oportunidades de expandir quem somos.

Não me estou a armar em lírico. Não lhe estou a dizer que será confortável ou fácil. Com efeito, poderá ser até bem desafiador. Poderá levá-lo aos limites. Mas prometo-lhe que se se expuser de corpo e alma - se se abrir -, descobrirá que não trilha este caminho sozinho.

Ao ser solicitado a fazer algo desafiador, saiba que a solução já nasceu dentro de si. Tudo o que se requer é que dê o primeiro passo - e cada passo sucessivo depois disso. Sem dar esses passos, não é possível seguir em frente. Não paralise! Não desista! Se o fizer, tornar-se-á uma profecia que se cumpre a si própria. Os problemas permitem-nos ascender à solução.

Você fez o que lhe foi pedido.

Nada há na vida com que não consiga lidar.

Se ao menos pudéssemos abraçar este princípio! Quando nos é pedido que escrevamos um livro, ou façamos um discurso, ou participemos numa maratona, ou treinemos a equipa de futebol do nosso filho pequeno, talvez a razão de no-lo terem pedido seja o facto de termos isso dentro de nós.

Hoje é o dia. Hoje é a sua oportunidade de dizer que sim. De se dar todo. De se expandir mentalmente. De entender o seu verdadeiro potencial.

É-nos pedido que avancemos porque podemos. Está a ser-nos dado um incrível convite de alargarmos a nossa mente e espírito. De expandirmos a nossa própria definição de quem sabemos ser.

Chega de desculpas." - Panache Desai

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018





"Imagine um viajante solitário, parado numa bifurcação do caminho, que pondera a situação, atento, calmo, sem pressa, com perfeita consciência do seu poder, e que só na altura certa escolhe a via a tomar, e depois prossegue a sua viagem. A decisão assim tomada nunca pode ser a errada. A sua viagem será bem sucedida, independentemente dos resultados. O peregrino está atento e recorda as respostas para as questões importantes da vida.

Imagine agora outro viajante deslocando-se aos tropeções, frenético de ansiedade, desnorteado, deixando cair coisas ao longo do caminho, incapaz de distinguir as direcções certas das falsas, esfarrapado, exausto e que, sem pensar, ao chegar à bifurcação, opta pela estrada que lhe fica mais perto. Este modelo não só não é nada atraente, como certamente ninguém o quereria adoptar. Contudo, é o que a grande maioria das pessoas faz! Corremos de uma coisa para outra ou de nota para nota, numa tentativa frenética de conseguir acompanhar ou alcançar, perdendo chaves, bilhetes de avião, agendas, e até nós próprios.

Estando desperto - sabendo quem você é - e prestando atenção ao que se passa quer no seu interior quer no exterior, estará muito próximo daquilo que a tradição espiritual oriental designa por consciencialização. Isto implica estar, de facto, presente neste momento, no que está a fazer agora, neste sentimento, e em relação à pessoa que está à sua frente. É a ideia que a comentarista Adair Lara pretende transmitir quando conta a história do que a sua mãe queria receber no dia de aniversário, "presenças e não presentes". É reparar no tom de voz de alguém e na sua linguagem corporal, bem como reparar nessas coisas em si mesmo. É observar as diversas coisas que ocorrem durante o seu dia, e rapidamente determinar se elas são importantes ou triviais. É sintonizar-se com os outros e consigo mesmo. Estar desperto é um acto realmente do momento, um acto do imediato. É o oposto da distracção e desconcentração.

PARAR vai mantê-lo desperto e consciente do momento presente. Mas também o vai ajudar a unir os elos da sua história, das suas histórias. Ajuda-o a recordar quem é, de onde vem, para onde vai e para onde quer ir, recordar os seus objectivos originais, ideias e sonhos; e recordar porque começou a fazer o que está a fazer, por forma a saber se ainda é isso que quer fazer. Mesmo que não possua respostas definitivas para muitas das grandes questões da vida, é vital continuar a recordar quais eram as suas perguntas. Perder as suas interrogações é realmente perder-se no caminho.

PARAR é também recordar de uma forma mais literal: rememorizar. Ou seja, recolher de novo todos os aspectos de si próprio, que ficaram para trás ou espalhados na azáfama, e reunir todas essas "memórias" num todo coeso. O poeta Robert Bly refere o "saco que arrastamos às costas" como estando cheio de peças que fomos perdendo o hábito de utilizar - a nossa inocência, espontaneidade ou jovialidade. PARAR é reaver essas peças que não queríamos perder, peças que estavam enfiadas nesse saco, talvez há já muitos anos, e por isso mesmo escondidas e esquecidas.

Estas duas preciosidades - desperto e a recordar - constituem os elementos essenciais de PARAR." - David Kundtz

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018





"Cada uma das suas escolhas traz um futuro possível para a sua realidade. Quando escolhe sem pensar em futuros possíveis, os futuros que escolhe são como o seu passado, e as suas experiências tornam-se conhecidas e previsíveis. Por exemplo, sempre que reagir com raiva, escolhe um futuro que contém em si desconfiança, ressentimento e dor.

O seu futuro não tem de ser doloroso. Mesmo que tenha reagido com raiva no passado, pode responder de uma maneira diferente da próxima vez, não falando com raiva mesmo que esteja enfurecido. Cada momento oferece-lhe uma oportunidade de trazer para a sua realidade um futuro possível. Nem os professores não-físicos sabem antecipadamente o que você irá escolher quando ficar zangado, ou ciumento, ou assustado. Se tiver a coragem de sentir a sua raiva, ciúme ou medo sem os pôr em prática, traz para a sua vida um futuro que é muito diferente do que teria criado se gritasse, se se retraísse emocionalmente ou usasse os punhos...

Saiba que pode alterar o futuro possível que irá trazer para a sua realidade a qualquer momento. Ao escolher futuros possíveis de harmonia, cooperação, partilha e reverência pela Vida, está a criar poder autêntico." - Gary Zukav

domingo, 25 de fevereiro de 2018





"A forma mais difícil de ganhar a vida é trabalhar duramente.

O trabalho duro é a melhor coisa que alguma vez foi inventada para matar o tempo - e para o matar a si.

O segredo é: trabalhe tão duramente quanto tiver de trabalhar para ter uma vida confortável...

E o mínimo que conseguir." - Ernie Zelinski

sábado, 24 de fevereiro de 2018





"A cada segundo, passam pelo seu cérebro milhões de bits de informação. Desde a posição dos seus pés até ao vento que lhe bate no rosto, tudo são dados que se reflectem na mente sob a forma de ruído. Existe ainda um fluxo contínuo de memórias, traumas, emoções e dores que o seu cérebro tenta constantemente manter à distância. É muito barulho. A maior parte das pessoas apercebe-se disso pela primeira vez quando tenta meditar e entra em pânico ao perceber que... o caos está, na verdade, no seu interior. Esta é a maldição e também a bênção da condição humana. Quando percebemos que a paz é um jogo interior, temos de aprender a atenuar o ruído que povoa as nossas cabeças. Aprendemos a ser menos reactivos ao ruído e tornamo-nos menos impulsivos. À medida que vamos melhorando, conhecemos um dos maiores milagres da vida.

O mundo lá fora começa a mudar quando nós mudamos o nosso estado interior.

Começamos a ver o reflexo da nossa paz recém-descoberta no mundo que nos rodeia, quando emerge um poderoso círculo de feedback. O caos dá lugar à ordem. O drama resolve-se. Pessoas melhores surgem no nosso caminho. As pessoas desagradáveis afastam-se. 

«Assim como lá em cima, também lá em baixo, assim como cá dentro, também lá fora, assim como o universo, também o espírito...» - Hermes Trismegisto

O antigo ensinamento hermético resume esta ideia na perfeição. Essencialmente, o nosso mundo exterior é um reflexo do nosso mundo interior e, à medida que começamos a encontrar paz e a mudar-nos a nós próprios, veremos essa mudança reflectida no mundo que nos rodeia. Este é o biofeedback original." - Pedram Shojai

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018





"Se é um maníaco do controlo - e quem de entre nós não é pelo menos um bocadinho maníaco do controlo? -, a coisa mais difícil do mundo é libertar-se. Isso mesmo: libertar-se. Você quer microgerir todo e cada aspecto da sua vida. Julga que se não se focar em todo e cada detalhe, em todo e cada cambiante, a sua vida de desmoronará. Mas ao agarrar-se assim à vida, vive sob a ilusão de que pode controlar o universo.

Torna desnecessariamente a vida mais difícil e complicada do que precisa ser?

Quando anda numa montanha-russa, o que o faz agarrar-se com toda a sua força? Medo. Se é um perfeccionista, um maníaco do controlo, o que o faz querer agarrar-se a tudo e todos à sua volta? Isso mesmo: medo. Isto traz-me à lembrança duas amigas minhas que vivem no mesmo bairro. Estas duas mulheres andam pelos quarenta e poucos anos. São ambas inteligentes, instruídas, atraentes e bem-sucedidas. São ambas casadas e felizes, com dois filhos cada uma. As suas circunstâncias são muito similares - mas a perspectiva que têm da vida não podia ser mais diferente. Quando uma delas me liga para dois dedos de conversa, soa esfuziante, feliz, grata pelas dádivas da sua vida. Está repleta de histórias sobre os feitos dos seus filhos, o mais recente projecto do marido, os seus próprios triunfos no trabalho. Quando a minha outra amiga liga, todavia, começa com uma litania de reclamações. Está sempre presa ao volante de uma carro, a arcar com os filhos de uma ocupação para a outra. O marido é um relaxado. A carreira dela está a pique. Sente-se velha, e cansada, e maltratada pela vida. As circunstâncias destas duas mulheres são intercambiáveis. A diferença entre elas é que a minha primeira amiga olha para a vida pela lente do amor e a outra pela lente do medo. 

Ou estamos no amor ou no medo.

Ou estamos focados no que temos ou no que falta.

Ou abraçamos a experiência ou nos fechamos à experiência.

Desde a altura em que nascemos, estamos numa montanha-russa; é a forma da própria vida, com os seus altos e baixos, as suas curvas, os seus picos e vales, as suas lentas subidas e vertiginosos mergulhos. Aqueles que gozam a viagem são aqueles que se libertam. 

Isso requer o cultivar de um estado de maravilhamento.

Pense no modo como uma criança pequena é capaz de passar vários minutos a contemplar uma única flor. Ou no fascínio e deleite dessa mesma criança pelo copo de sumo derramado pelo chão. Algures ao longo do caminho, à medida que crescemos, perdemos essa sensação de pasmo. De deleite e prazer. Perdemos a capacidade de nos recostarmos e vermos a vida a desenrolar-se como se fosse o mais fantástico filme alguma vez realizado.

À medida que amadurecemos, tomamos consciência da montanha-russa. Tomamos consciência dos seus aparentes perigos, das suas abruptas quedas de dar volta ao estômago. Começamos a viver na sua antecipação em vez de apreciarmos o que temos mesmo à nossa frente.

Só por hoje, escave bem em busca desse infantil sentimento de maravilhamento. Ainda está dentro de si. Só tem de procurar. Comece por apreciar seja o que for que estiver à sua volta neste preciso momento. O seu copo de sumo de laranja. A formiga atravessando devagarinho a mesa da cozinha. A poça de sol no chão. A trepadeira de hera na parede e as graciosas reviravoltas que descreve ao longo do parapeito da janela. Seja o que for que vir, aprecie-o. Seja curioso. Assimile-o como que pela primeira vez. Agora, à medida que prosseguir dia fora, leve este sentimento de maravilhamento consigo para onde quer que vá. O portageiro. Como será a sua vida? O túnel que atravessa a caminho do trabalho. Como terá sido construir esse túnel? Imagine só! Que coisa mais espantosa!

Em vez de se deixar encerrar no minúsculo mundo dentro da sua cabeça, saia cá para fora, para a montanha-russa da vida. Só por hoje, goze a viagem." - Panache Desai

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018





"Milhares de pessoas que anseiam pela imortalidade não sabem o que fazer numa tarde de chuva."

Susan Ertz


"PARAR é uma arte subtil e é como uma palavra de encorajamento que nos leva a tomar as decisões e as escolhas acertadas: aquelas que realmente queremos e as que são revigorantes. Estas decisões podem ser tanto as grandes alterações da vida, tais como uma mudança na carreira, começar ou acabar um casamento ou uma mudança para uma nova casa, como as mais pequenas, do dia-a-dia, tais como "Esta compra?", "Estes argumentos de venda para o trabalho?" ou "Dizer-lhe já ou esperar até mais tarde?". Em ambos os sentidos da frase, PARAR vem antes de tudo: PARAR deverá preceder cronologicamente tudo o que fazemos, bem como assumir uma posição de prioridade nas nossas vidas.

Não se trata só de um pequeno ajustamento para a grande maioria das pessoas. Esta é uma mudança de direcção que afectará todos os aspectos das nossas vidas. Mas não receio que, ao enunciar claramente a magnitude desta mudança, vos leve imediatamente a declarar, "Isto é pedir uma mudança radical. Não sei se quero entrar nisto." Não tenho medo de dizer a verdade porque os resultados são muito promissores: não só alcançará uma maior paz, momento a momento, como conseguirá também uma clarificação ou mesmo a descoberta da sua vida. Existe algo mais importante? E poderá existir alguma coisa pior do que saber - quando se encontra no final da sua vida ou mesmo no final do seu dia - que perdeu essa oportunidade?

O que me leva a perguntar a mim mesmo: teriam realmente mudado se naquela altura soubessem o que sabem agora? O que teria acontecido se alguém lhes tivesse revelado a verdade? Teria feito alguma diferença? As minhas questões continuariam sem resposta até as ter colocado a mim próprio: O que é que eu preciso de saber agora para não me vir a encontrar nessa situação? Uma vez que, como adulto, não é da responsabilidade de ninguém dizer-me o que eu preciso de saber, o que é que eu devo dizer a mim mesmo? Estas são questões que apenas receberão resposta com a serenidade que permite escutar verdades difíceis e com a lentidão que me permitirá aperceber-me delas.

Quanto mais depressa formos, mais esqueceremos. E então, o que frequentemente acontece, é que esquecemos que nos tínhamos esquecido. Mas que situação! Contudo, ao PARARMOS, recordamos novamente e, por conseguinte, voltamos a encontrar-nos." - David Kundtz

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018





"Que amigos tem andado a ignorar? Que mensagens não quer reconhecer? Reconhecer uma tentação não implica pô-la em prática, mas ter a coragem de enfrentar a enormidade do que precisa de ser modificado em si. Uma tentação é uma prova de roupa para um acontecimento kármico negativo. Ela mostra-lhe exactamente aquilo que se recusa a reconhecer em si mesmo. Até aí, o que não reconhecer tem ascendente sobre si, e quanto mais o negar, julgar ou vir como temporário, mais poder ele ganha. Ou seja, as suas obsessões, compulsões e adições têm origem em si mesmo, e em mais ninguém. As suas tentações mostram-lhe como são poderosas, para que as possa reconhecer, desafiar e alterar.

Uma tentação chama a sua atenção para a negatividade que está dentro de si e que cria consequências destrutivas se permanecer inconsciente, dando-lhe uma oportunidade de se ver livre dela antes de a pôr em prática e criar consequências negativas.

Ou seja, a tentação permite-lhe localizar e curar partes de si dentro do seu próprio mundo energético antes que os seus actos se espalhem até aos mundos dos outros e criem consequências que você não desejaria criar.

Quando usa uma tentação como desculpa para as suas decisões, está a retirar poder a si próprio. Culpabiliza os outros, o mal ou o Universo, e faz tudo menos olhar para dentro de si, ver como essas partes da sua personalidade são poderosas e modificá-las.

A tentação não constitui um poder acima de si. O poder é seu. A tentação limita-se a demonstrar-lhe o que está a pensar fazer, para que possa escolher de uma maneira responsável.

Ou seja, a tentação é um chamariz para retirar a sua negatividade; à medida que responde ao chamariz, limpa-se dessa negatividade tomando consciência dela em vez de ter de viver a experiência. O Universo abre cada pessoa ao seu poder através da tentação, demonstrando-lhe quando e como está a perder poder. 

A mesma energia que tentou Jesus, que veio a tornar-se o Cristo, com o domínio sobre o mundo, e que tentou Siddhartha, que veio a tornar-se o Buda, com todos os prazeres do mundo, tenta a mulher e o marido a cometerem adultério, o contabilista a roubar e o estudante a copiar. Ela também o tenta a si. Não pode obter força a partir de escolhas que não o levem ao limite.

A tentação é uma dádiva que lhe permite fazer uma escolha responsável. Utilize-a sabiamente." - Gary Zukav

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018





«O lar são quaisquer quatro paredes à volta da pessoa certa.» - Helen Rowland


"Porquê perder tanto tempo, energia e dinheiro a tentar comprar a maior casa que o seu limite de crédito lhe permite?

Na verdade, uma casa pequena pode conter tanta felicidade como uma casa grande.

Por vezes, ainda mais." - Ernie Zelinski

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018





"Buda tinha muito a dizer sobre isto, e ele era um tipo que não falava muito. Atribuía o sofrimento humano a duas causas: aversões e desejos. Quer detestemos algo e a forma como nos faz sentir, que nos impele a afastar-nos, quer gostemos de algo e o desejemos, o que nos faz ansiar ainda mais por isso.

Somos bombardeados o dia inteiro, todos os dias, com publicidade. Tornou-se verdadeiramente uma batalha para as mentes da humanidade. Desde o cartaz da paragem do autocarro até às mensagens de spam que recebemos, as empresas competem a toda a hora pela nossa atenção e pelo nosso dinheiro. Estão por toda a parte e não vão parar. Se baixar a guarda, pode apanhar um desagradável vírus mental (chamado meme).

Sim, do género: «Preciso daquela pick-up, porque os homens a sério conduzem pick-ups imponentes.»

Ou que tal: «Preciso daquela mala, porque ela comprou uma toda gira e agora é o alvo de todas as atenções.»

Ou ainda: «Os meus filhos têm de usar roupa de marca para que os outros pais saibam que também temos classe.»

E a lista continua. Corremos e passamos os dias numa azáfama para ganhar dinheiro. Mas depois gastamo-lo em porcarias de que não precisamos verdadeiramente, segundo as prescrições e «necessidades» que são incutidas nas nossas mentes. Rapidamente ficamos com pouco dinheiro e preocupamo-nos em esticá-lo até ao final de cada mês. É este o sistema em que vivemos. O dinheiro está ligado à sobrevivência. Se o tem, preocupa-se com a hipótese de perdê-lo. E por mais que tenha, nunca é suficiente.

Um Monge Urbano não se preocupa com o estatuto; por isso é livre.

A sua noção de «eu» está construída sobre um alicerce interior forte. Trabalhou a sua respiração e descobriu a sua ligação com todo o universo. Os elogios que as outras pessoas lhe possam fazer não importam. Foi fortalecido pela vida e pela natureza, e a sua exuberância e entusiasmo irradiam do seu interior." - Pedram Shojai

domingo, 18 de fevereiro de 2018





"Eu sou luminosidade dourada. Sou a tua bem-amada. Sou aquela por quem tens toda a vida ansiado, disso tivesses consciência ou não. Estou aqui para te amar. Para plenamente te abraçar.

Tu és a minha perfeita criação. 

És obra minha.

Quando nasceste, maravilhei-me à tua magnificência. Nunca fomos separados. Jamais apartados. O teu bater de coração e o meu são um e o mesmo. Eu sou o alento que expande o teu ser. Sou a luz que anima a tua forma. Sou o amor que inunda a tua experiência. Sou o brilho que irradias. Sou a bênção que é partilhada através de ti para este mundo. Tu és uma extensão de mim. Um embaixador. Através de ti, sou capaz de amar toda a minha criação. Tu és a personificação de tudo o que importa para mim. 

Eu estou sempre contigo.

Estava presente no ventre da tua mãe. Estava presente quando nasceste. Quando soltaste o teu primeiro grito. As tuas primeiras lágrimas. As tuas primeiras palavras. Estava presente quando aprendeste a andar. No teu primeiro dia de escola. Quando foste assediado no recreio. Quando foste o favorito do professor. Estava presente quando te apaixonaste pela primeira vez. Quando saíste de casa dos pais. Quando conseguiste o primeiro emprego. A tua primeira promoção. Quanto tiveste filhos teus. Quando experimentaste desgosto e perda. Quando fizeste e perdeste amigos. Quando te mudaste para o outro lado do país. Quando os teus pais morreram. Quando deste pelas primeiras rugas sulcando-te o rosto. Quando arrancaste o teu primeiro cabelo branco.

Estive contigo para tudo isso. 

Não houve um só momento da tua vida em que eu não tenha estado contigo.

Sabe-lo.

Sabe-lo com cada parte tua. Tem noção que eu caminho contigo, que resido dentro de ti. Não há diferença entre nós. Eu sou tu. Repousa neste saber. Espreguiça-te e sente o enorme conforto disto - da forma como um gato se estende num tapete macio sob um perfeito raio de sol.

Aquece-te nele.

Aquece-te em mim.

Eu velarei por ti enquanto dormes.

E aqui estarei à espera quando acordares." - Panache Desai

sábado, 17 de fevereiro de 2018





"Um dia abdicaremos das nossas vidas. Nesse dia, abriremos mão da nossa própria identidade individual e tornar-nos-emos aquilo a que os budistas chamam «o grande todo». Foi daí que viemos e é para aí que voltaremos. O melhor é libertarmo-nos, aos poucos, enquanto ainda estamos vivos. Encarar a vida com uma grande humildade.

Existem imensos mitos para explicar a nossa presença aqui. É frequente agirmos como se o nosso objectivo fosse ganhar muito dinheiro, ter êxito ou alcançar um determinado estatuto para nós e para as nossas famílias. Talvez nos comportemos como se estivéssemos na terra para conseguir êxito material e um bom estatuto, mas, no fundo, ansiamos pela união - união com a nossa própria pessoa, com as pessoas que amamos, com os outros terráqueos, com a natureza e com o que é maior do que nós. Quanto mais nos centrarmos no fortalecimento dessas uniões, mais a vida nos dará paz.

A minha união com as pessoas e com a própria vida foi-se aprofundando com os nãos. Esforcei-me muito para viver ao máximo nas minhas condições e aprendi a ceder humildemente, sempre que a vida me impõe as dela." - Ken Druck

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018





"É esta a história universal. É a história de nos recusarmos a olhar para dentro e de olharmos para fora em vez disso. Aquilo que descobre quando olha para dentro são as próprias coisas que acha mais repugnantes nos outros. Quando as combate nos outros não tem a oportunidade de as curar em si mesmo. Quanto mais luta, mais fortes elas se tornam, porque ignorá-las alimenta-as, e elas crescem. Elas gritam cada vez mais alto e tornam-se ousadas e mais determinadas a exprimir-se. E acabam por fazê-lo. 

O que se recusa a reconhecer em si mesmo começa a preencher os seus pensamentos e fantasias. Se o ignorar, irá aparecer em todas as cores no ecrã da sua mente. Isso é uma tentação. A tentação traz à sua consciência a sua negatividade interior para que possa vê-la com clareza. Ela apresenta-lhe repetidamente a negatividade para que não a ignore, pois cada vez que o tenta fazer esta torna-se mais apelativa e atraente.

A tentação é uma dádiva do Universo que ilumina a negatividade em si para que consiga reconhecê-la antes de agir. Ou seja, uma tentação constitui uma oportunidade de escolher de um modo responsável porque lhe permite ver o que uma parte assustada da sua personalidade tenciona fazer, quer você queira quer não. Uma tentação dá-lhe a oportunidade de fazer uma escolha diferente antes de criar consequências destrutivas e dolorosas. 

Ela permite-lhe ver a sua história interior antes de ela se tornar a sua história exterior." - Gary Zukav

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018





"Festeje as pequenas coisas da vida.

Geralmente revelam-se maiores do que poderia imaginar.

Tenha em mente que não pode verdadeiramente apreciar as grandes coisas enquanto não conseguir apreciar completamente as pequenas.

E aqui tem outra razão para festejar as pequenas coisas:

São tantas, em comparação com as grandes." - Ernie Zelinski

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018





"O mundo é uma loucura. As nossas vidas impelem-nos para um frenesim de pânico. Se não conseguirmos resistir, estamos perdidos. É importante viver no olho do furacão, onde tudo é calmo e o caos não é a lei que impera.

Grande parte da sabedoria dos mosteiros antigos foi preservada durante milénios em centros de excelência - templos, escolas, grutas e academias - que não estão sujeitos aos meandros volúveis do mundo exterior. A nossa função é devolver a paz às nossas cidades e definir o tom de uma vida equilibrada, aqui e agora.

No Ocidente, caímos no falso pressuposto de que a meditação é algo que precisamos de fazer quando já estamos stressados. É como dizer que precisamos de alongar depois de esticarmos um músculo. Sim, talvez ajude, mas já é demasiado tarde.

Eis uma perspectiva que poderá ajudar:

A maior parte das pessoas usa a meditação como um ícone que mantém no Ambiente de Trabalho do seu computador. Quando se sentem stressadas, clicam nele, fazem algumas respirações, sentem-se um bocadinho melhor e regressam às doze janelas que têm abertas, e voltam a cair no caos.

Tente usar a meditação como um sistema operativo.

Isto significa prescrutar constantemente a sua consciência em busca de calma. É capaz de pressentir pensamentos que o tornam reactivo e nervoso, e aprende a deixá-los passar. Não deixa que nada o derrube do seu poleiro.

A mente é reactiva.

Sentimos algo e, depois, ligamos essa experiência com uma memória passada de algo relacionado; se houver uma carga emocional não reconciliada associada a essa memória, sentimos tudo outra vez e começamos a ficar agitados. Esse desconforto torna-nos impacientes e leva-nos a fumar um cigarro, a mudar repentinamente de assunto ou a fazer o que costumamos fazer para evitar aquela sensação horrorosa. O dia inteiro... é isto que fazemos.

O segredo é aprender a manter-se não reactivo. Significa isso viver desapaixonadamente? Claro que não. Viva, ame, ria e aprenda - só não seja um sorvedor de drama. Viva a sua vida com entusiasmo e propósito, e não seja um peão na visão que outra pessoa tem de si. É você que conduz. Melhor ainda, deixe o seu «Eu Mais Elevado» conduzir, e descontraia." - Pedram Shojai

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018





"Deitado na cama, contraia cada músculo do corpo. Vá lá - contraia-os. Comece pelos arcos dos pés e suba através das coxas, do abdómen, dos punhos, até finalmente amarfanhar o rosto e crispar o maxilar. Aguente-se assim por uns dois minutos. 

Depois descontraia. 

Exaustivo, não é?

É exaustivo tentar apegar-se, viver com essa espécie de tensão.

Agarrar-se a nada - por motivo nenhum. 

O mundo em que vivemos convence-nos de que devemos lutar, de que lutar é a norma. Somos ensinados que, se tentarmos arduamente, podemos controlar o nosso destino e os destinos daqueles que amamos. Acumulamos posses. Erigimos fortalezas. Aumentamos o nosso património líquido. Acreditamos que tudo isto nos pode proteger. Mandamos os nossos filhos para as melhores escolas dentro dos nossos meios - e convencemo-nos de que isso assegurará a sua futura felicidade e sucesso. Dizemos a nós próprios que podemos salvaguardá-los de lutas, de modo a que não tenham de passar por dor ou pesar. Apegamo-nos com todas as nossas forças. E, enquanto isso, passa-nos ao largo o essencial, que é o facto de não determos o controlo.

A todo e cada momento, a mudança acontece a toda a nossa volta. Inspiramos e expiramos, e a mudança acontece. Levantamo-nos de manhã e vamos para o trabalho, e a mudança acontece. Pomos os nossos filhos no autocarro, e a mudança acontece.

Já alguma vez observou uma árvore em particular através das estações?A forma como os ramos começam a avermelhar-se ligeiramente mesmo no início da primavera. A forma como esses mesmos ramos ganham folhas, se tornam verdes, e se fazem luxuriantes no verão. E então chega o outono, e todas essas folhas mudam de cor. Secam e caem ao chão. Eventualmente cobrem-se de neve. Todo e cada momento nosso é como esse ciclo da natureza - só que não temos consciência disso. Não nos observamos como se fôssemos essa árvore. Imaginamo-nos fixos. Sólidos. Imutáveis. Mas enquanto vivemos, mudamos. 

Pense em si há um ano. É a mesma pessoa? Seja qual for a medida de tempo - uma geração, uma vida, uma década, um ano, um dia, uma hora, um minuto -, estamos a evoluir. Não podemos deter a nossa evolução tal como a árvore não pode impedir-se de florir.

Agora, estendido na cama, esquadrinhe em todo o seu corpo os lugares que contraiu e crispou. Imagine-os sendo preenchidos de amplidão e luz.

A mudança está a caminho.

A mudança está sempre a caminho.

Há uma profunda liberdade na aceitação disto. Ao fechar os olhos e aprestar-se a dormir, pense em si como essa árvore. Em que estação se encontra? Estará no começo da primavera? Em pleno verão? Sente a nostalgia agridoce do outono? O rigor do inverno? Saiba que seja qual for a estação que lhe acode à mente, isso, também, continuará a mudar e evoluir. Esta é a única e singular certeza.

Mudança. Pode contar com ela.

Saiba que ela o conduz sempre para mais." - Panache Desai

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018





"Embora ficar «livre para aproveitar a vida» possa ser uma falácia, podemos encontrar muita liberdade no momento presente. É no despertar do espírito que encontramos a verdadeira liberdade nesta vida - não nos bares, restaurantes, centros comerciais, férias de verão, casinos ou parques temáticos, onde normalmente a vamos procurar.

Uma das minhas clientes de consultoria, uma bem-sucedida investidora imobiliária, falava-me recentemente acerca de um investimento arriscado que tinha feito.

«Durante anos», explicou-me, «disse a mim própria que se este investimento fosse para a frente, seria livre - deixaria de ter obrigações para com quem quer que fosse. Mas, depois, dei-me conta de que, por mais dinheiro que tivesse no banco, o mais provável seria continuar a ter os mesmos compromissos e obrigações de sempre - ou mais, até.»

No que respeita à liberdade, muitos de nós andamos iludidos. Visualizamos vidas sem limitações ou constrangimentos, imaginando-nos tão despreocupados como as estrelas de rock, os heróis desportivos e os multimilionários que os media nos apresentam todos os dias. Mas, na realidade, todos temos os nossos problemas.

Talvez considere que o «livre para viver» é deixar de ter determinadas obrigações que o prendem. Muitas pessoas acham que a liberdade é simplesmente a ausência de restrições. Que seremos livres quando já não tivermos de fazer as coisas que não queremos fazer. Isso não é liberdade. Ou, se é, é do tipo fugaz.

Temos à disposição todo um outro nível de liberdade e é a essa que me refiro. A liberdade para amar mais livremente, para ser amado mais livremente, para nos livrarmos da culpa, da preocupação, da aprovação, da dúvida, do medo ou da dor e para sermos livres de nos expressar. Consiste em remover o peso e as restrições que nos prendem. Em libertar os nossos corações e mentes. Em sentirmo-nos «suficientes» no nosso âmago.

Ao procurarmos a paz no momento presente, aprofundamos a nossa compreensão da vida. E de como melhor a viver. Aprendemos a equilibrar as condições da vida com as nossas. A ser corajosos. A atravessar fogo e florestas, a velejar em mares turbulentos, a soltar o nosso espírito pioneiro e o nosso sentido de espanto. E a encarar todos os dias com maior respeito e reverência pela vida.

Raramente acedemos a essa liberdade, quando alcançamos o que pensávamos querer alcançar. O que esperamos realmente que aconteça depois de escrevermos o nosso bestseller, vendermos a nossa empresa por 20 milhões ou ganharmos a lotaria? Que dívida esperamos saldar? Quanta liberdade imaginamos sentir? Embora satisfatória à sua maneira, a realidade tende a ser muito diferente daquilo que julgávamos.

Não existe o momento de ficar «livre para viver». Já vivemos! E já somos livres... basta aprendermos a abrandar um pouco o ritmo, lembrarmo-nos de respirar, fazermos dos nossos dias mais do que uma lista de «afazeres» e colhermos o tesouro subtil do momento presente. Podemos começar por nos sentir extraterrestres, a viver no agora, desligados dos dramas diários da vida. Apesar de tudo, paradoxalmente, o mais provável é que nos sintamos melhor do que nunca. Será mesmo possível que nunca tenha existido uma meta a alcançar? Que já lá estejamos e que sempre tenhamos lá estado?" - Ken Druck

domingo, 11 de fevereiro de 2018





"As partes da sua personalidade que têm medo acumulam tudo o que sentirem que as irá beneficiar, quer se trate de conhecimento, afecto, peças em duplicado ou alimentos. Por mais que tenham, receiam não ter o suficiente - por exemplo, tempo suficiente para concluir um projecto, de maneira que ficam zangadas quando as interrompem, ou afecto suficiente, o que as deixa ciumentas quando os outros o recebem, etc. A escassez que receiam não está no seu futuro, mas no seu presente. Ela rodeia-as, e elas rodeiam continuamente a escassez. 

Os animais armazenam comida para o Inverno, mas não armazenam mais do que necessitam. Nós também acumulamos para o futuro, mas quando as nossas necessidades parecem crescer continuamente, o que acumulamos continuamente parece ser inadequado. A solução não está em acumular cada vez mais, mas em averiguar com mais exactidão o que é necessário - e isso é difícil quando estamos assustados.

Quando a escassez existe internamente para si, a abundância exterior não irá preenchê-la. A escassez que cria a necessidade de acumular é uma escassez de amor-próprio. Isto é, o desdém por si próprio, o autodesprezo e o ódio pessoal não podem ser curados  com dinheiro, reconhecimento, afecto, atenção ou influência, já que, por mais que possa ganhar, a necessidade de ter mais permanece, tal como o horizonte em permanente expansão, que nunca se alcança por mais que se viaje.

A abundância interior consiste em perceber que você merece a sua vida, reconhecer o potencial de crescimento espiritual que as suas lutas lhe proporcionam e confiar no Universo. Ela também é a alegria de estar vivo, reverenciar a sua responsabilidade pelo que cria, descontrair-se no momento presente e saber que dispõe de ajuda não-física quando precisar.

Ou seja, a abundância interior é autocompaixão e autoapreço. Abre-se assim ao mundo e aos outros, e dá tudo o que pode e aceita tudo o que lhe dão.

O Sol aquece tudo e não precisa de apreço ou reconhecimento. Do mesmo modo, a abundância interior irradia de si como um Sol.

Por vezes, é mais fácil permanecer em silêncio do que partilhar o que é difícil de dizer. Por exemplo, se pensar que foi enganado, é preciso coragem para dizer isso à pessoa que acha que o enganou. Partilhar exige que se goste do outro. Se não gostar dessa pessoa, quando estiver zangado com ela deixar-se-á levar pela raiva e não terá verdadeiramente interesse em chegar até ela, mesmo que passe horas a explicar porque está zangado.

Ao partilhar, será motivado pelas partes saudáveis da sua personalidade.

É preciso ter coragem para partilhar emoções dolorosas com aqueles que sentimos que lhes deram origem - enfrentar a possibilidade de rejeição -, assim como in-tenção de criar uma amizade, mas se deixar permanecer a distância criada pelo juízo de valor estará a perder poder.

Partilhar é diferente de queixar-se, que é uma tentativa de tornar os outros responsáveis pelas nossas experiências. Uma queixa é uma exigência de que o outro mude para nos sentirmos mais confortáveis. Ou seja, é preciso que alguém aja de um modo diferente para nós não termos de o fazer. A partilha é uma comunicação com a intenção de nos curarmos a nós próprios, de criarmos de uma maneira construtiva e de nos aproximarmos de outra pessoa. 

Mesmo que sinta receio do que precisa de fazer para partilhar, irá sentir gratidão pela oportunidade, já que a partilha o enche de energia e faz sentir-se realizado. Quando não partilha o que a sua alma quer partilhar, a alegria abandona-o, o sentido torna-se alheio, transformando-o em alguém rígido e irritadiço. 

A maior dádiva que pode dar é a sua presença. Quando escuta com toda a atenção, sem pensar como vai responder, no jantar que está a planear ou nos seus projectos, concede a dádiva da sua presença. Está atento, sente, é livre de escolher as suas in-tenções e criar conscientemente as suas experiências.

Quanto mais partilhar, mais tem para partilhar. Dentro de si vão surgindo imagens e percepções, orientando-o e iluminando as suas escolhas. Quando partilha o seu carinho, a sua paciência e abre o seu coração, você brilha como o Sol.

É assim que a sua alma quer partilhar." - Gary Zukav

sábado, 10 de fevereiro de 2018





«Que vida é esta se, cheios de preocupações, 

não temos tempo para nos erguermos e olhar?» - W. H. Davies


"Quando pensar que não tem tempo para ver um bonito pôr-do-sol, pense melhor.

A altura em que mais precisa de ver o pôr-do-sol é quando não tem tempo para isso." - Ernie zelinski

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018





"Actualmente, a dissolução de um casamento tornou-se a regra, ao invés da excepção. Achamos cada vez mais difícil fazer com que a união dure. Como consequência, parecemos estar a perder a coragem para entrar no matrimónio. Preferimos outros acordos, pois é mais fácil escapar deles.

O que será que torna tão difícil para nós estabelecermos laços duradouros e mantermo-nos numa relação? Em inúmeros casos, o casamento fracassa porque um dos cônjuges é incapaz de respeitar o outro como pessoa. Este respeito implica reconhecimento, apreço e concessão de espaço para a autonomia do companheiro.

O amor acalenta e incentiva a personalidade individual. Esforça-se por criar uma atmosfera em que a verdadeira identidade de cada companheiro possa nascer e em que possamos sentir e manifestar a profundeza total das nossas personalidades. O amor só pode florescer numa relação em que o respeito pela pessoa do outro - a sua integridade e autonomia - for colocada em prática. Em tal relação, acabamos por ser vistos como as pessoas que realmente somos.

Se não conseguimos apreciar a autonomia de um companheiro, não vemos ou recusamo-nos a ver a verdadeira identidade do companheiro. A nossa percepção encontra-se distorcida por necessidades insatisfeitas que ainda trazemos da infância ou adolescência - necessidades que têm a ver com os nossos pais. Não podemos esperar, razoavelmente, que o nosso companheiro satisfaça essas necessidades.

Ainda assim, as nossas necessidades infantis insatisfeitas não perdem intensidade, nem desaparecem com o tempo. Ruminam no nosso interior, reais e irresistíveis. Exigem satisfação. O nosso passado começa a sabotar o nosso presente com expectativas irrealistas, deixando de reconhecê-las como necessidades da criança de há muito. No presente, estas necessidades transformam-se em exigências insensatas, que geralmente fazemos aos que se encontram mais perto de nós - muito frequentemente um cônjuge. Podemos desafiar limites pessoais, sem respeitar o nosso cônjuge como pessoa adulta e distinta de nós. Sobrecarregamos os outros com responsabilidades inadequadas, esperando que eles vençam a nossa angústia. Ao invés de nos unirmos ao nosso cônjuge em igual parceria, exploramos a relação para os nossos próprios objectivos. Esta exploração assume diversas formas; podemos, por exemplo, agarrar-nos desesperadamente a um cônjuge e esperar que este nos forneça um grau de segurança e protecção que não é possível esperar que nenhum adulto forneça a outro.

A vida não é segura. Enquanto crianças, temos o direito de esperar que os adultos que nos rodeiam nos forneçam refúgio e protecção. Mas quando nos tornamos adultos, temos de aprender progressivamente a enfrentar, por nós próprios, a imprevisibilidade e a insegurança inerentes à vida. Alguns adultos não estão dispostos a aceitar esta responsabilidade; agarram-se aos outros e recusam crescer, esperando que os outros assumam o papel de adultos em seu lugar. Culpam os outros pelos seus infortúnios e esperam que os outros assumam a responsabilidade pela sua angústia. Ao procederem deste modo, comportam-se como criancinhas, nunca necessitando de dar algo ou ter os outros em consideração. Não reconhecem quaisquer responsabilidades; reconhecem apenas os seus direitos.

A vida é uma responsabilidade que não podemos delegar noutra pessoa. Quando nos tornamos adultos, temos de deixar de esperar que os outros tomem conta de nós, temos de nos tornar nos nossos próprios pais. Temos de crescer e tornarmo-nos pessoas dispostas a assumir a responsabilidade pelas nossas vidas e, na medida do necessário, confrontar o nosso passado." - Tommy Hellsten

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018





"É a nossa natureza querermos apegar-nos ao momento. Queremos agarrar-nos a seja o que for que acontece - bom ou mau - como se fosse o ramo de uma árvore suspenso sobre os rápidos. Esticamo-nos, tentando a todo o custo agarrar esse ramo, pois temos medo dos rápidos debaixo de nós. A corrente aterroriza-nos. Mas a vida jamais é estagnada. Flui a toda a nossa volta, agrade-nos ou não. Já alguma vez ouviu dizer que não se pode pisar o mesmo rio duas vezes?

A mudança mete-nos medo. Queremos uma bola de cristal. Queremos alguém que de algum modo nos diga como vão as coisas correr. Mas, enquanto isso, passa-nos ao largo o essencial, ou seja, que a energia está em constante evolução, e a mudança é a nossa forma de navegarmos a nossa própria expansão vibracional. Quando nos dispomos a deixarmo-nos ir, alinhamo-nos com o princípio universal de mais. A mudança é sempre uma coisa boa, independentemente do que possa parecer na altura. Em última análise, está sempre a conduzir-nos para mais. Lembre-se: esta é uma lei da natureza. À medida que a nossa energia evolui, a mudança acontece. Uma alteração de energia é sempre seguida por uma mudança na realidade. O medo da mudança provoca stress. Temer a mudança é negar o impulso natural de quem você é. 

Não se acomode! A mudança é a única coisa com que podemos contar. Observe o céu lá no alto e veja como as nuvens se movem. Sente-se sob uma árvore. Observe o ligeiro oscilar das folhas na brisa. Este planeta que habitamos está em constante evolução. O Sol levanta-se e põe-se. A maré vem e vai. A natureza demonstra-nos a cada momento o princípio do fluxo. É-nos fornecido um constante recordar de que estagnação equivale a densidade. Um grande passo para a desintoxicação da densidade que nos tem refreado envolve não só aceitar a mudança mas também dar-lhe as boas-vindas.

Liberte-se. O agarrar-se ao passado, ou tentar captar o instantâneo do presente, só impede a sua capacidade de receber mais. E é disso que trata toda esta viagem, afinal de contas.

Recebimento.

Abundância

O universo quer providenciar-lhe mais. Se se deixar ficar bem sossegado, quase poderá ouvi-lo sussurrar: mais, mais, mais... Seja esse fluxo de água ao longo do leito do rio. Mova-se livremente, rapidamente, desimpedido. É certo, há escombros dos lados, todos amontoados, nas margens do rio. Mas isso não é você. Sinta-se fluir - graciosamente, simplesmente, sem impedimentos. A mudança é uma lei da natureza. Abrace-a." - Panache Desai

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018





"A dura verdade é que passamos a maior parte do tempo semidespertos. O momento presente é uma dádiva, mas, se estivermos a sofrer e a esforçar-nos por viver, podemos não o entender assim. Nos momentos de sofrimento, o «agora» pode parecer mais uma bela dor de cabeça.

O esforço e a luta fazem parte da vida - até se podem tornar viciantes, como uma droga. Ficarmos quietos, no momento presente, a contemplar e a abrir os olhos, para ver como as coisas realmente são, pode ser uma tarefa quase impossível (e intimidante). É muito mais fácil mantermo-nos continuamente atarefados, a seguir rotinas diárias e planos de vida, em que estamos sempre a aspirar a ser alguém e a fazer qualquer coisa. A ironia é que, a certa altura, o próprio esforço e a própria luta poderão tornar-se o nosso modus operandi e a nossa identidade.

«Então, como estás?»

«Óptimo! A esforçar-me e a lutar. E tu?»

«Eu também. Quase a alcançar os meus objectivos! Nada de novo.»

E assim é o texto mudo das nossas vidas diárias. Quando o esforço e a luta se tornam o tema, a totalidade, o princípio organizador central da nossa existência, talvez estejamos a perder literalmente a oportunidade de uma vida.

Se «fazer as coisas só por fazer» ou «sobreviver a cada dia» o descreve, deixe-se já disso!

Por mais assustador que possa ser, desafio-o a enfrentar o momento. A agarrar a oportunidade de estar ainda mais vivo e desperto.

O budismo ensina-nos que «despertar» para o presente é a nossa única salvação. Só quando estamos despertos é que podemos transcender a engenharia frenética das nossas vidas. Para lá das nossas idealizações, há uma verdade mais profunda - um sentimento de união com o espírito, a existência e uma coisa a que muitas pessoas chamam Deus. Independentemente do credo em que escolha acreditar, quando se centra no presente, começa a ver que todos fazemos parte de algo muito maior do que o simples «eu».

Transcenda o esforço incessante do ego e encontrará uma infinidade de convites para a paz. Transcenda as questões mundanas que parecem ter tanto peso e dará por si leve, sem peso - desperto e vivo, num maravilhoso mundo espiritual." - Ken Druck

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018





"Ainda que me oferecessem dez mil onças de ouro

Não venderia o caminho,

Mas ofereço-o gratuitamente mesmo ali no cruzamento

Se conseguires ouvir o meu som.

Consegue dar a si próprio o que é precioso? Quantas vezes partilha o melhor que tem? O que é o melhor que você tem? Aquilo que partilha é importante, mas o motivo pelo qual o partilha ainda é mais importante.

Quando as expectativas acompanham a sua dádiva, quer dizer que está a procurar poder exterior. A sua dádiva constitui um meio para atingir um objectivo, e o objectivo é para si, e não para a pessoa que recebe a dádiva.

Se não conhecer todas as suas in-tenções antes de partilhar, irá descobri-las após a partilha, já que ficará decepcionado, furioso ou perturbado de qualquer outro modo se a sua prenda for deitada fora ou não for apreciada. Reacções como estas dizem-lhe que havia uma in-tenção de que não tinha consciência ou que conhecia mas não partilhou. Ou seja, as suas experiências interiores informam-no quando possui um objectivo oculto. A sua prenda até poder ser muito importante para a pessoa que a receber, como no caso de dinheiro para frequentar a universidade, mas se ficar decepcionado com a reacção, perceberá que o seu objectivo oculto era o reconhecimento, o apreço ou a obrigação. Caso contrário, não se sentiria desapontado, ressentido ou zangado por ela não gostar da sua prenda ou se descartar dela.

A dor de não se sentir apreciado ou amado não é provocada por uma resposta à sua oferta, mas sim por uma parte da sua personalidade que não se sente digna de ser amada e espera que sejam os outros a fazê-la sentir-se assim. Ela procura amor de todas essas formas e fica perturbada quando não o recebe.

Quando insiste para os outros aceitarem uma ideia ou uma crença que é importante para si, há uma parte da sua personalidade que tem medo e quer ser aceite e amada. Pode não se sentir assustado, mas a necessidade de que os outros pensem como você deriva do seu medo, e não do seu interesse neles. Quanto mais assustado estiver, mais necessita que os outros aceitem a sua ideia ou crença, e mais se vê a si próprio como alguém superior. Tem a certeza que o seu caminho é correcto, e tenta convencer os outros porque precisa que eles validem a sua ideia ou crença. Se eles concordarem, fica contente. Se não, sente a necessidade de continuar a falar, a debater e a explicar melhor. Nada o satisfaz a não ser a aquiescência deles.

Neste caso, não possui a capacidade de honrar o caminho do outro porque tem medo de olhar demasiado atentamente para o seu. Receia as suas dúvidas internas e a rejeição dos colegas. Precisa que os outros validem a sua posição porque não tem a certeza que ela seja inteiramente sua, e por isso pressiona, dizendo para si mesmo que é você - e não eles - o responsável pelo bem-estar deles próprios.

Quanto mais precisar que as pessoas estejam de acordo consigo, menos abertura tem em relação ao que elas pensam, sentem e acreditam. Você não consegue partilhar com elas porque está a tentar modificá-las, e elas não conseguem partilhar consigo porque você não está a ouvir.

Isso não é partilhar. Isso é a partilha do poder exterior." - Gary Zukav

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018





«Quanto mais pressa temos,

mais para trás ficamos.» - Antigo provérbio holandês


"Evite conduzir o seu carro como se a sua viagem fosse a única neste mundo que vai salvar o universo.

Pare e pense nisso;

e compreenderá que a sua viagem é bastante insignificante, no grande esquema das coisas." - Ernie Zelinski

domingo, 4 de fevereiro de 2018





"Criámos uma época caracterizada por uma falta de tempo crónica. Toda a gente vive apressada, correndo para a próxima reunião ou actividade, longe do momento presente. Temos a sensação de estar sempre a fazer a coisa errada no momento errado - de que já devíamos estar a fazer outra coisa. Há sempre outra coisa, algo mais importante a exigir a nossa atenção.

Devido a esta falta de tempo constante, ninguém está presente no aqui e agora e, como tal, não estamos presentes uns para os outros. Apressamo-nos, nunca encontrando realmente ninguém. Não estamos presentes uns para os outros, o que significa que não estamos presentes, de todo. Uma vez que nenhum de nós vê realmente outra pessoa - ou seja, ver para além da superfície, o verdadeiro eu - não há ninguém que testemunhe a nossa existência. E sem uma testemunha deixamos de existir. 

Inventámos máquinas e dispositivos maravilhosos que deveriam ter melhorado a qualidade das nossas vidas. A tecnologia deveria ter-nos libertado de rotinas enfadonhas e levar-nos a poupar tempo - tempo que poderíamos então dedicar àquilo que consideramos verdadeiramente importante. O que sucedeu? Temos mais tempo? A julgar pela nossa pressa incessante, a resposta é negativa. O que aconteceu a todo aquele tempo que as nossas grandes invenções deveriam ter poupado para nós? Para onde foi?

Muitas pessoas geralmente queixam-se acerca da falta de tempo, como se isso fosse um dado consumado - um facto da vida que não pode ser evitado. Desejariam ter mais tempo, mas é evidente que isso está fora do seu controlo - não há nada que possam fazer acerca do assunto. Será realmente esse o caso? Quem é responsável por esta constante escassez de tempo? Será um facto imutável que simplesmente nos domina, ou teremos sido nós a criá-lo?

Uma observação mais atenta leva-nos a constatar facilmente que a pressa - a sensação de o tempo passar cada vez mais depressa - não existe como tal. O tempo continua a ter o seu próprio ritmo; continua a correr no seu passo eterno e firme. A essência do tempo não se alterou subitamente, durante a nossa geração. Ainda há tanto tempo como sempre houve e este não corre mais depressa. No entanto, sentimos que há menos tempo. Porque será? Tentaremos incluir demasiadas coisas no tempo que temos em mãos? Tentaremos encher o nosso tempo até que fique a abarrotar?

Evidentemente que seria mais fácil pensar que não há nada que possamos fazer acerca de toda a nossa pressa. Nesse caso, não teríamos de assumir a responsabilidade pelas nossas opções. Mas somos responsáveis pelo modo como utilizamos o nosso tempo. Não podemos servir-nos da pressa constante como desculpa para a falta de tempo, se isso não existe, para começar.

A falta de tempo crónica provém sempre de más opções. Toda a gente encontra tempo para fazer o que é importante para si. Quando tomamos opções na vida, optamos por aquilo que consideramos precioso; por outras palavras, os nossos valores orientam as nossa opções. Se não conseguimos decidir o que é realmente precioso para nós e o que não é, sentimo-nos impelidos a tomar o máximo de opções «preciosas» possíveis. Acabamos por encher a nossa vida de tantas coisas «boas», que não temos tempo para lidar com a abundância. Porque tomamos tais opções? A resposta residirá nos nossos valores? Os nossos valores fomentarão más opções?" - Tommy Hellsten

sábado, 3 de fevereiro de 2018





"Só por hoje, ande com ligeireza. Acolha cada momento com gentileza, com uma plácida certeza, com vulnerabilidade. Quando conduzir para o trabalho, em vez de seguir serpenteando através do trânsito, agarrado ao volante com toda a força, ouça música apaziguadora e respire profundamente; mantenha-se na faixa da direita. 

O que aconteceria se fosse viver o seu dia como se já o tivesse vivido? Se já o viveu, então pode deslizar gentilmente através de cada hora à medida que ela se manifesta. Tudo aconteceu já. Não tem de se apressar. Não tem de lutar. Não tem de se fazer valer ou à sua vontade. 

Nada tem de controlar.

Tudo o que precisa de fazer é estar presente. 

Estou a pedir-lhe - só por hoje - que se renda. Em vez de correr feito barata-tonta pelas horas fora, mova-se suavemente. Em vez de se crispar, flua graciosamente. Faça um esforço consciente para abrandar. Para respirar. Cada parte sua irá querer correr disparada, qual galgo em pista de corrida. Mas o que eu quero que faça é que pare. Entende que correria e precipitação são um desperdício de energia. Imagine-se como um bailarino. Fluido, gracioso, elegante, preciso.

Poderá ter de se render muitas vezes hoje. Poderá ter de se lembrar desta forma de viver a vida como se já tivesse acontecido. A sua mente está acostumada a funcionar a  uma velocidade espacial. O próprio mundo em que todos vivemos é concebido para essa velocidade espacial e recompensa-a. Mas cobra um tremendo tributo. Ao voar pela vida fora, fazendo valer a sua vontade, está a violar a sua própria conexão e harmonia. Frenesim gera mais frenesim e serve para o desconectar mais ainda de si próprio.

Conecte-se.

Conecte-se profundamente à nascente dentro de si, a nascente que está sempre, sempre presente, à espera que você lhe aceda. À medida que avança dia fora, tenha paciência consigo. Seja amável para consigo. Este abrandar, esta rendição, é simples - mas não é fácil. Tudo dentro de si quererá mantê-lo atolado no familiar.

Renda-se. 

Imagine se pudesse viver a sua vida desta forma - não apenas o dia de hoje mas todo e cada dia.

Tenho novas para si.

Pode." - Panache Desai

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018





"Há coisas na vida que lhe escapam ao controlo e que você já nem sequer precisa de controlar. Sem derrota. Sem desonra. Sem cobardia - longe disso. A cedência significa simplesmente que nos recusamos a participar num jogo em que ninguém pode ganhar. 

Temos o poder para criar e recriar, definir e conceber as nossas vidas. Temos mil e uma oportunidades de mudança, transformação e realização de melhores possibilidades. Paradoxalmente, também somos impotentes. Temos limitações significativas no mundo e no nosso interior que são difíceis - senão impossíveis - de ultrapassar. Mas é claro que podemos (e devemos) tomar medidas para nos protegermos - para nos salvaguardarmos e salvaguardarmos as nossas famílias, comunidades e ambiente.

Tem muito menos poder do que julga e infinitamente mais do que alguma vez imaginara. Apesar de ser um pouco traiçoeira, esta regra pode libertá-lo. O segredo consiste em dominar a arte da autocapacitação." - Ken Druck

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018





"Para criar harmonia com outra pessoa, é necessário que goste o suficiente dessa pessoa para ouvir a sua história, partilhar as suas lutas e estar com ela enquanto as partes da sua personalidade que têm medo vêm à superfície. A harmonia requer que aceite outro indivíduo como uma personalidade cuja vida é tão complexa e difícil como a sua. Não pode abrir-se apenas às partes da pessoa que são amorosas e esperar criar harmonia. Também tem de estar disposto a interagir com as partes que são iradas, invejosas, vingativas e violentas. É fácil criar harmonia com alguém que goste de si, mas isso torna-se difícil quando essa pessoa está zangada, desdenhosa ou cheia de juízos de valor.

A harmonia apenas com aqueles que se parecem consigo, pensam, falam e agem como você não é verdadeira harmonia, mas sim a manutenção de uma claque.

A sua alma quer harmonia com toda a Vida - com aqueles que você considera seus amigos e com os que considera seus inimigos. 

A harmonia requer coragem. Por exemplo, se gostar de alguém, não permitirá que essa pessoa lhe falte ao respeito, embora virar a cara ou apresentar desculpas possa parecer o caminho mais fácil. Falar a partir do coração, sem juízos de valor e sem expectativas, nem sempre é fácil. Noutras alturas, a in-tenção de criar harmonia sem falar é mais adequada. Em todos os momentos se exige coragem e integridade.

Criar harmonia não requer que nos transformemos no capacho dos outros. Na realidade, exige que não o sejamos, pois quando nos tornamos capachos, as pessoas usam-nos para limpar os pés. Criar harmonia exige a coragem de não corresponder às expectativas dos outros, de objectar quando sentimos que é adequado exprimir uma objecção, de dizer não, sim e talvez, sem expectativa.

A criação de harmonia é activismo espiritual. Acontece quando dedica a sua energia àquilo em que acredita, mas não considera que os outros estão errados, não tolera a violência nem contribui para ela, e não confunde  amabilidade com fraqueza, nem necessidade com amor.

As partes da sua personalidade que colocam objecções em relação à harmonia também colocam objecções ao seu crescimento espiritual. Elas julgam, condenam e recusam-se a perdoar. Esquecem-se de que os outros existem.

A harmonia é a criação consciente de um mundo amoroso. A intenção de criar harmonia é um remédio para a dor profunda. Ela abre-o, ilumina os seus lugares obscuros, traz-lhes paz e permite-lhe desenvolver a sua maior dádiva - um coração aberto." - Gary Zukav