segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015



"Os problemas fazem parte da nossa vida.
Por si só eles não provocam o sofrimento. Talvez tristeza, mas não sofrimento.
Quando sabemos onde nos dirigimos, sabemos também enfrentar as dificuldades com decisão e compromisso. Se conseguirmos centrar a nossa energia em seguir o nosso rumo, mesmo que não encontremos de imediato a solução, o problema transforma-se num desafio e só por isso deixará já de constituir uma carga. Essa simples mudança de significado é por si só um passo em frente.
Costumamos queixar-nos dizendo: «Não é justo!»
Mas isso é uma forma de nos enganarmos a nós próprios... Onde fomos nós buscar a ideia de que a justiça é algo natural?
Na verdade não o é.
Não é justo que os rios transbordem e arrasem belas construções.
Não é justo que as erupções vulcânicas ceifem centenas de vidas.
Não é justo que um incêndio florestal acabe com a existência de milhares de árvores e animais.
Contudo, se estivermos sempre a lamentar-nos e a pensar no que é ou não justo, não avançamos, acrescentando ao que já sentimos um ingrediente de mal-estar e de distracção. Perdemo-nos cada vez mais e passamos a ter dois problemas em vez de um: a injustiça e a ideia de que o universo não deveria ser injusto.
O sentimento puramente vindicativo face à injustiça priva-nos da energia necessária para solucionar o problema original.
Se em determinado momento tiver de sofrer, não tente escapar, não se renda. É possível que a realidade o obrigue a retroceder, mas de qualquer maneira o importante, não se esqueça, é estar no caminho e não chegar onde quer que seja." - Jorge Bucay

Sem comentários:

Enviar um comentário