segunda-feira, 1 de junho de 2015



"Estar satisfeito com pouco é relativamente fácil; libertar-se do fardo de muitas coisas não é difícil quando se está caminhando em busca de alguma coisa. A necessidade de busca interior afasta a confusão trazida por muitas posses, mas estar livre de coisas exteriores não quer dizer que se leve uma experiência simples. A ordem e a simplicidade exteriores não significam necessariamente tranquilidade interior e inocência. É bom ser-se simples exteriormente, pois isso dá uma certa liberdade e uma atitude de integridade; mas porque será que começamos invariavelmente pela simplicidade exterior e não pela simplicidade interior? Será para nos convencermos a nós e aos outros da nossa intenção? Por que motivo temos de nos convencer a nós mesmos? Para nos libertarmos das coisas precisamos de inteligência, não de gestos e convicções; e essa inteligência não é pessoal. Se estivermos conscientes de todas as implicações geradas pela posse das coisas, essa mesma consciência liberta, e a partir daí deixa de haver necessidade de afirmações e comportamentos dramáticos. Só quando essa inteligência não está em funcionamento é que recorremos a práticas disciplinadoras e a afastamentos. O que importa não é o muito ou o pouco, mas a inteligência; e o homem inteligente, estando contente com pouco, está liberto de muitos bens materiais." - J. Krishnamurti

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