sábado, 6 de fevereiro de 2016



"A vida pode ser vista de duas maneiras. Ou olha para ela como uma utilidade. Uma coisa tem de ser usada para outra coisa qualquer e, então, a vida torna-se um meio para atingir algum fim. Ou a vida pode ser levada como um divertimento, não como uma utilidade, e, então, este momento é tudo, não há objectivo, não há finalidade.
Aqui há dias estive a ler um poema. Um dos seus versos tocou-me profundamente. Dizia esse verso: «Um poema não deveria significar, mas deveria ser.» Adorei. A vida não deveria significar, mas deveria ser! Um fim em si mesma, indo a lado nenhum... a desfrutar aqui e agora, a celebrar. Só assim poderá ser sensível. Se estiver a tentar ser útil, tornar-se-á insensível. Se estiver a tentar realizar alguma coisa, tornar-se-á insensível. Se estiver a tentar lutar, tornar-se-á insensível. Renda-se. Seja sensível e suave. E deixe que a corrente da vida o leve onde quiser levar. Deixe que a meta do todo seja a sua meta. Não procure nenhuma meta particular. Seja simplesmente uma parte, e uma beleza e graça infinitas acontecerão. 
Tente ser isto, o que estou a dizer. Não é uma questão de compreender, não é uma questão de capacidade intelectual. Sinta o que estou a dizer. Absorva o que estou a dizer. Deixe que fique aí consigo. Deixe que isso se instale profundamente no seu ser: a vida não deveria significar, a vida deveria ser. E de repente ficará sensível. Toda a insensibilidade partirá, desaparecerá, derreterá. Voltará a aparecer a criança: você é novamente uma criança, e os olhos transparentes da infância estão de novo ao seu dispor. Pode olhar e então a verdura será totalmente diferente. Os cantos das aves serão totalmente diferentes. E o todo terá uma significação totalmente diferente. Não tem sentido, tem significado. O sentido diz respeito à utilidade, o significado ao prazer. 
O prazer está presente e você será sensível. Flua com o rio. Torne-se o rio." - Osho 

Sem comentários:

Enviar um comentário