sexta-feira, 12 de agosto de 2016




"A transformação é uma força muito real e um processo activo nas nossas vidas. Por exemplo, a versão de si que está a ler estas palavras neste momento não é a mesma versão de quando comprou este livro nem a que acabará de o ler quando chegar ao fim. A um nível físico e atómico básico, o seu corpo está em constante movimento, reabastecendo-se e reinventando-se. O corpo não é uma estrutura, é um processo. A versão deste ano do seu corpo é um modelo reciclado do ano passado. Ao nível das moléculas e dos átomos, saiba que está reinventar-se constantemente, o que significa que tem uma pele nova todos os meses, um novo esqueleto a cada três meses, um novo revestimento do estômago a cada cinco dias e um novo fígado a cada seis semanas. O seu ADN, que armazena as memórias de milhões de anos, é reciclado a cada seis semanas em termos de carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio.
Da mesma forma, ao nível emocional também estamos em constante mudança devido a toda a trama de memórias, esperanças, desejos, relacionamentos e interações em que nos vemos envolvidos. Cada um deles influencia-nos de inúmeras maneiras, das reacções metabólicas que podem desencadear dentro de nós às escolhas que nos podem levar a fazer e que alteram o curso das nossas vidas. Porém, a maior parte de nós não tem consciência desta condição interminável de mudança, por isso a evolução não é uma evolução activa; em vez disso, é oscilante e acaba por ser vítima dos altos e baixos da nossa disposição e do estado emocional dos que nos rodeiam. Ou seja, ficamos presos à criação dos nossos limites. As nossas acções e crenças ficam limitadas pela nossa perspectiva. Ficamos convencidos das nossas próprias incapacidades, ou de que temos razão, ou de que o mundo de alguma forma nos quer prejudicar. Qualquer que seja o limite específico, o resultado final é que, sem a Lei da Transformação, ficamos estagnados e teremos sempre de lutar para mudar.
Em termos espirituais, a transformação não tem a ver apenas com ganharmos consciência de nós próprios, mas também com aliarmos o nosso conhecimento à percepção maior da interligação fundamental de todas as coisas. Significa então estar pronto para ver e experimentar o mundo de um número infinito de perspectivas. É a capacidade de transformar e depois ver e experimentar o mundo não só do nosso ponto de vista individual, mas também de todos os outros pontos de vista.
A forma como percepcionamos o mundo determina a forma como interagimos com ele, as escolhas que fazemos e, em última análise, o que definimos como real.
Existe um ditado no Oriente que diz o seguinte: «A realidade é um acto de percepção.» Quando nos tornamos conscientes dessa percepção, adquirimos o controlo da nossa realidade. A capacidade de dominarmos a nossa percepção, ou ponto de vista, é a arte de nos metamorfosearmos, uma das qualidades centrais dos super-heróis, mas também algo que todos estamos habilitados a fazer." - Deepak Chopra

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