segunda-feira, 15 de agosto de 2016




"Reparei nalgumas coisas sobre as pessoas que dão e sobre aqueles a quem ajudam. A maioria esforça-se mais e finge ser mais forte do que, realmente, sentem ser. A maioria das pessoas que cuida, sente-se sozinha e incompreendida, menos importante do que as pessoas de quem cuidam. A frase que ouço frequentemente é:
- Como é que eu me posso queixar? Já viram o que a pessoa de quem gosto está a passar?
Cuidar de alguém também significa sentir-se culpado, indefeso e frustrado. Parece sempre que não estamos a fazer o suficiente para diminuir o sofrimento das pessoas. E, normalmente, é por acaso que temos essa responsabilidade. Um dia, estamos a viver as nossa vidas e, no dia seguinte, tudo parece em queda livre e nós somos responsáveis por manter as coisas equilibradas. Esta função torna-se nossa, quer a pessoa de quem cuidamos seja alguém que adoramos ou alguém com quem tenhamos uma relação conflituosa.
Muitas das pessoas que cuidam estão zangadas. E eu entendo-as! Qualquer pessoa que se sinta exausta, vai ficar zangada! Alguém que se sinta responsável por uma tarefa que acha que não será capaz de cumprir, vai ficar zangado. Muitos, zangam-se com aqueles de quem cuidam. Muitos zangam-se porque o seu sistema de suporte não lhes dá as respostas de que precisam. E muitos ficam zangados porque sentem que a vida que tinham ontem lhes foi roubada.
Muitas vezes, a pessoa de quem se cuida, quer seja um doente ou alguém de quem gostamos, também está zangado." - Daniel Gottlieb

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