quinta-feira, 8 de setembro de 2016




"Num mundo como o actual, em que, felizmente, para satisfazer tantas necessidades e para solucionar tantos problemas, basta carregar num par de teclas, custa-nos compreender como, para outras coisas, ainda são precisos os «velhos métodos» que levam algum tempo e se baseiam na capacidade de raciocinar.
Penso que, hoje em dia, a maioria de nós, sem necessidade de grandes conhecimentos médicos, tem a consciência de que uma alimentação que provoca a obesidade é uma alimentação que provoca doenças. Mas então... porque nos atrai tanto aquilo que precisamente menos nos convém?
Valentín Fuster explica-o, na minha opinião, de forma magnífica: «Um dos preços que estamos a pagar pelo progresso é que herdámos dos nossos antepassados um corpo bem adaptado para a escassez de alimentos mas [...] mal adaptado para a opulência [...] E devemos fazer um esforço consciente para limitar o que comemos porque os nossos instintos, que vêm dos caçadores recolectores que há milhares de anos passavam fome, fazem com que comamos mais do que aquilo que precisamos, e alimentos diferentes daqueles que nos convêm [...] Esta incapacidade de pararmos para pensar naquilo que nos faz falta, naquilo que o nosso corpo precisa, em lugar de dar rédea solta aos nossos instintos, está a fazer com que tenhamos taxas de obesidade sem precedentes [...].»
Inclua na sua dieta uma maior proporção de vegetais, leguminosas, cereais integrais, arroz, legumes, fruta, peixe e carnes brancas.
Faça estas duas coisas tão simples e sentir-se-á muito melhor em muitos aspectos. Com mais vitalidade. Menos obeso. Muito mais feliz consigo mesmo. Muito mais tranquilo, também. (E estar tranquilo é, em si mesmo, um dos maiores prazeres da vida; é tão agradável como comer).
Parece simples. Parece simples porque é realmente simples. Experimente. Experimente e continue a fazê-lo para o resto da vida, vencendo os seus velhos hábitos. Sim, já sei que é uma opinião muito generalizada que não é fácil mudar de hábitos. Mas é para isso que serve o senso comum: para que nos apercebamos de que a melhor maneira de eliminar determinados hábitos que nos são prejudiciais, que nos tornam obesos e nos trazem problemas de saúde, é substituí-los por hábitos novos e melhores.
Ora, para que os novos costumes se transformem em hábitos adquiridos, é apenas preciso um pouco de paciência e dar tempo ao tempo." - Clemente García Novella  

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