segunda-feira, 12 de dezembro de 2016




"Há aqueles que se consideram perfeitos, mas é só porque exigem menos de si mesmos.

A frase popular que diz: «É mais fácil ver o cisco no olho alheio do que a trave no próprio», demonstra-nos que é muito mais simples julgar os defeitos dos outros do que ver os que nós próprios temos. Dessa maneira, podemos exigir aos outros o que não exigimos a nós próprios.

Ao chegar a era tecnológica, os avanços voltaram a transferir a perfeição para um lugar externo ao homem: o carro, a casa, o culto do corpo... Temos a falsa ideia de que a perfeição se pode comprar, se pode conseguir...

Mas, e a perfeição espiritual? Porque não superarmo-nos a nós mesmos, dar um passo em direcção ao que realmente desejamos ser?

Jean-Baptiste Alphonse Karr dizia que o homem «aperfeiçoa tudo à sua volta, o que não faz é aperfeiçoar-se a si próprio».

O caminho não se faz porque sim, mas porque se aprende, se descobre, se cresce nele. Esse crescimento faz com que nos conheçamos melhor, trabalhemos de forma mais elevada, foquemos os nossos objectivos, ampliemos horizontes.

Os que julgam ter conseguido a perfeição são os que estão mais longe dela.

Pensar que já sabemos tudo faz com que percamos essa capacidade de atributos quase milagrosos. O ser humano que não se desafia a si mesmo e não tem vontade de melhorar, encontra-se num beco sem saída. Ficará simplesmente onde está porque julga ter tudo.

É muito mais inteligente reconhecer os nossos defeitos e limitações, porque eles oferecem-nos o caminho por percorrer.

Se te enganaste, quer dizer que tentaste e aprendeste. Prémio! Não conseguir à primeira o que queremos, não estar contente connosco mesmos, é uma oferta de sabedoria que a existência nos concede, pois significa que desejamos continuar a passar de ano na escola da vida." - Allan Percy

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