quarta-feira, 4 de janeiro de 2017




"Se um homem não tem nada para comer, o jejum é a coisa mais inteligente que pode fazer.

Viktor Frankl dizia que «se não estiver nas tuas mãos mudar uma situação que te cause dor, poderás sempre escolher a atitude com que enfrentas esse sofrimento». 

Adaptar-se à situação em que uma pessoa se encontra é uma forma inteligente de a enfrentar. A luta constante com a realidade esgota-nos e deixa-nos sem recursos. Há coisas que não podemos mudar, por mais dolorosas que sejam, e, por isso mesmo, devemos aprender a adaptar-nos, a fazer uma leitura para além da luta, para não desesperar.

A pressão com que vivemos leva-nos a não mostrar gratidão pelo que temos. Esperamos que as mudanças se dêem com rapidez e violentamo-nos se isso não for assim. Essa atitude faz com que não saibamos aceitar as situações incómodas. Se ficamos doentes, queremos que a dor nos passe logo, que os comprimidos que nos receitaram tenham uma acção instantânea.

Mas cada coisa que nos acontece, incluindo as doenças, tem um motivo e um tempo que devemos respeitar.

É necessário cultivar a paciência para suportar os momentos complicados da vida. Se nos zangarmos com o mundo, só acrescentaremos amargura e insatisfação ao problema.

Quando uma coisa corre mal, temos tendência para reagir com emoções negativas, como a raiva ou a rejeição.

Por exemplo: quando se dá um corte de luz, ficamos aborrecidos e queremos que volte logo, queixamo-nos, indignamo-nos. Em contrapartida, ninguém agradece o facto de todos os dias carregar no interruptor e ter claridade. Consideramos que é normal e não temos por que estar agradecidos. Um apagão deveria servir precisamente para apreciar a luz, do mesmo modo que uma doença nos ensina a importância da saúde.

É preciso viver a escuridão de vez em quando para aprender a amar a luz. 

Aceitar a situação e extrair o ensinamento é o melhor que podemos fazer em momentos de crise. Se nos limitarmos a exigir que mude, não faremos mais que aumentar o problema, dado que à dificuldade exterior lhe acrescentamos uma interior: a acumulação de emoções negativas que se agitam no nosso interior.

Devemos adaptar-nos aos vaivéns da vida a partir dos nossos próprios valores e objectivos. Quando não nos sentirmos bem numa determinada situação - no trabalho, numa relação, ou connosco mesmos -, a última coisa que devemos fazer é queixarmo-nos. Nesses momentos o que devemos fazer é observar, compreender e actuar." - Allan Percy

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