terça-feira, 7 de março de 2017




"Os nossos pensamentos e acções criam «caminhos» no cérebro, como estradas novas numa paisagem campestre. Ao percorrer um caminho todos os dias, tropeça em arbustos, esmaga ervas e empurra galhos com os pés. Com o tempo, vai-se tornando mais largo e estabelecido. Da mesma forma, sempre que respondemos a uma situação da mesma maneira, criamos um «caminho mental» mais firme e assente. Quando repetimos o raciocínio e a reacção, o caminho transforma-se numa estrada «alcatroada» e, com tempo, desenvolvem-se autênticas auto-estradas, onde viajam as nossas reacções. Isto significa que, sempre que temos que reagir a certo tipo de pensamento ou situação, o nosso cérebro percorre a estrada mais viajada. Os hábitos também funcionam assim, razão porque é tão difícil abdicar deles. Temos que nos treinar a desligar as auto-estradas e a abrir novos caminhos, o que representa uma mudança e trabalho duro. O problema é que, quando surge uma crise, voltamos a correr para o velho caminho ou maneira de agir.

Talvez seja mais fácil deixar de fumar durante umas férias no campo, mas se regressar ao escritório, onde as coisas correm mal, a necessidade de fumar pode ser avassaladora. Muita gente decide rectificar os maus hábitos na véspera do Ano Novo, mas são poucos os que mantêm essas decisões durante mais tempo do que o necessário para curar a ressaca de champanhe.

Diz-se que, se conseguir manter uma cessação de comportamento durante 21 dias (no caso de adicções não físicas) é por que está no bom caminho para conseguir manter o comportamento novo. Depois de 120 dias, já transformou o caminho novo numa estrada estabelecida e tem muito menos hipóteses de reverter à estrada velha durante os períodos de stress." - Ann Gadd

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