domingo, 23 de julho de 2017





"Ansiamos por um momento de paz e calma, para de imediato ligar o rádio, fazer um telefonema ou levar a cabo uma missão qualquer assim que a oportunidade de solidão se apresenta."

Ronnie Polanezcky

Imagine-se nos seus momentos de transição, especialmente naqueles que são súbitos, rápidos ou implicam mudanças radicais: quando passa do ritmo frenético de trabalho para a calma do seu lar (ou então, exactamente o contrário), quando abandona um dia de trabalho solitário para se reunir com um grande grupo de pessoas que conversam animadamente; quando transita do ruído de uma aula de 5º ano para o silêncio do caminho até casa; quando se desloca de uma cidade agitada para uma aldeia no campo; quando tem de enfrentar uma nova vida a sós depois de uma longa vida a dois.

Cada transição traz consigo uma sensação de estranheza e um momento de desorientação. Frequentemente, a primeira tendência é preencher essa lacuna com algum tipo de agitação, mesmo se, tal como a citação nos indica, declaramos ansiar por paz e sossego.

Recordo facilmente as inúmeras ocasiões em que preenchi esses momentos de desconforto, esses espaços "de/para", com uma actividade que me distraiu daquilo que realmente se estava a passar. Invariavelmente, acabo sempre por lamentá-lo.

Hoje, incito-o simplesmente a participar calmamente em qualquer período de transição por que esteja a passar. Deixe-se ficar nele por alguns momentos. Observe o que se passa consigo, reconheça a desorientação e traga toda a sua atenção para o presente. Por exemplo, ao chegar a casa depois do trabalho, em vez de se precipitar para a porta, ligar o rádio, e levantar o auscultador do telefone, deixe-se ficar sentado no carro (ou nas escadas à porta de casa) durante dois minutos. O mundo não se vai desmoronar se perder dois minutos. 

No entanto, é preferível que saiba aquilo de que precisa e como pretende lidar com este tempo totalmente novo na sua vida, porque assim estará um pouco mais preparado para enfrentar esta nova forma de ser." - David Kundtz

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