sábado, 15 de julho de 2017





"Um menino brincava com um barquinho numa fonte, completamente absorto na sua brincadeira. Um iogue que passava por lá aproximou-se dele e começou a falar-lhe e a fazer-lhe perguntas. O menino estava tão ensimesmado com a navegação do barco sobre as águas que nem sequer reparou na presença de um adulto. Então, o iogue ajoelhou-se em frente ao menino e disse:

- Tu és o meu mestre. Oxalá cada vez que me sente a meditar, a dirigir os pensamentos ao Absoluto, possa estar tão concentrado como tu e que, como te acontece a ti, nada possa distrair-me.

Reza um adágio hindu: «Assim como o fogo queima, a mente tende a distrair-se.» Uma força que dispersa perde a sua eficácia. A mente não é uma excepção. Como o agricultor encaminha as águas no canal, é preciso encaminhar a mente para a concentração, para que ganhe em intensidade, claridade, penetração e compreensão. O ioga é uma reunificação das energias dispersas e comporta união e harmonia. É preciso treinar as técnicas para unificar e harmonizar a mente. Uma mente bem controlada é de uma grande ajuda, enquanto uma mente dispersa nos debilita, sendo como um coador incapaz de reter seja o que for." - Ramiro Calle

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