segunda-feira, 3 de julho de 2017





"A única forma como poderíamos justificar o facto de nos encontrarmos sentados, imóveis, numa cabana triangular nos bosques do norte... era se tivéssemos acabado de passar por um divórcio realmente complicado."   Ian Frazier

"As palavras do autor constituem uma queixa: ele tinha de ter uma justificação para não fazer nada. Ele e os amigos não podiam estar sem fazer nada pelo simples facto de assim o desejarem; tinham de ter uma boa razão, tal como um divórcio! Dessa forma, já podiam justificar essas férias, ou "a perda de tempo valioso" - pois possuíam uma desculpa! Tinham acabado de passar por uma situação dolorosa, e as pessoas hesitariam em criticá-los. O seu sentimento de culpa seria mínimo.

Mas, sabiamente, ignora esse tipo de raciocínio e concede autorização a ele mesmo - sem qualquer necessidade de justificação - para não fazer nada.

As auto-restrições desnecessárias e a falsa sensação de culpa sobrecarregam a grande maioria de nós e afastam-nos dos momentos de paz por que ansiamos. Momentos de sossego para estar a sós não são um requinte opcional; tal como não se destinam apenas aos reformados, aos preguiçosos ou àqueles que têm uma propensão natural para isso. São para todos. E trata-se de um tempo valioso e bem empregue.

E, acima de tudo, não precisa de outra justificação para além do seu nobre objectivo: ficar mais desperto, recordando aquilo de que precisa de se lembrar sobre si e sobre a sua vida." - David Kuntz

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