sábado, 16 de setembro de 2017





"(...) Demorou algum tempo, mas foi-me muito útil aprender a dar um passo atrás, em termos psicológicos. Observava em silêncio coisas como movimentos corporais - desde a forma como alguém passava a mão pelo cabelo, até ao modo como outra pessoa andava ou se pavoneava, passando pela maneira de alguém expirar. Procurei o verdadeiro significado do movimento pretendido. Decifrei pequenos pormenores, muito ligeiramente reveladores. Escutava não só o que era dito ou a forma como isso era dito, mas também a paixão, a determinação crua, por detrás da expressão.

Permaneci nas sombras, fora do alcance do radar, mas absorvi tudo. Algum tempo depois, podia passar por alguém com a minha cabeça inclinada numa postura aparentemente submissa e saber, sentir, quem a tinha e quem a não tinha. Quem só tinha bazófia e acabaria por ceder, e quem tinha coragem, a verdadeira persistência pura, para fazer uma tentativa e dar tudo por tudo.

Na adolescência, tinha plena consciência de que, exteriormente, eu parecia um trapalhão desajeitado. Porém, lá por dentro, a minha crença fazia-me estremecer com a força e o mérito que sabia possuir. E essa era a minha arma." - Dave Pelzer

Continua a ser a minha arma...

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