segunda-feira, 23 de outubro de 2017






"Com um pouco de prática, todos nos podemos tornar mais racionais, fortes e felizes, mas, claro!, haverá sempre momentos de loucura transitória; há sempre porque o ser humano é falível por natureza. Nesses momentos, iremos exagerar os problemas até parecer que estamos a um passo de um abismo que não existe, até parecer que a situação é insustentável: um barco que se afunda!

O importante nestes casos é «evitar evitar». Não pôr marcha-atrás, não recuar. Porque evitar uma determinada situação desencadeia um fenómeno de aumento de mal-estar, de espectacular crescimento das «neuras». 

Cada vez que - por medo ou vergonha, tristeza ou ira - violamos um compromisso pessoal, estamos a juntar lenha à fogueira da nossa neurose, a tornar-nos mais débeis. Mais concretamente, cada vez que decidimos pôr marcha-atrás por causa de emoções negativas:

a) Aumentamos a nossa sensibilidade ao medo, à vergonha e à preguiça (o que pode chegar a extremos insólitos).

b) Somos invadidos por uma profunda confusão: afinal, o que quero? Em que direcção devo ir?

c) Somos tomados pela sensação de que a vida é pouco interessante.

Se nos habituarmos a cumprir os nossos compromissos, sobretudo os pessoais, tornar-nos-emos pessoas maduras, capazes de conseguir facilmente aquilo a que se propõem, e cujas emoções negativas são serenas, razoáveis e de certa utilidade." - Rafael Santandreu


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