sexta-feira, 31 de março de 2017




"Dê sempre mais do que aquilo que espera receber. 

Se você quiser fazer com que a sua vida funcione, tem de começar pela forma como dá. A maioria das pessoas começa a vida só a pensar em receber. Receber não é um problema. Receber é como o oceano. Mas você tem de se certificar de que está a dar para poder pôr o processo em movimento. Na vida, o problema é que as pessoas querem primeiro receber coisas. Um casal chega ao pé de mim e o homem diz que a mulher não o trata bem. E a mulher dirá que isso é porque ele não é muito afectuoso. Assim cada um deles está à espera que o outro faça o primeiro gesto, forneça a primeira prova.

Que tipo de relação é essa? Quanto tempo irá durar? A chave para qualquer relação é que primeiro temos de dar e depois continuar a dar. Não pare à espera de receber. Quando começa a anotar o resultado, o jogo acaba. Está ali de pé a dizer «Eu dei, agora é a vez dela» e o jogo acabou. Ela foi-se embora. Pode levar o seu resultado para o planeta seguinte porque a tabela de pontos aqui não funciona assim. Tem de estar disponível para plantar a semente e depois alimentar o seu crescimento.

O que é que aconteceria se você chegasse ao pé da terra e dissesse: «Dá-me fruta. Dá-me plantas?» A terra provavelmente responderia: «Desculpe, senhor, mas está um pouco confuso. Deve ser novo por estas bandas. Não é assim que se joga o jogo.» Depois explicava-lhe que você planta a semente. Toma conta dela. Dá-lhe água e remexe o solo. Fertiliza-a. Protege-a e alimenta-a. Então, se fizer tudo bem, obterá a sua planta ou fruta algum tempo depois. Você podia continuar, para sempre, a pedir o mesmo à terra, mas isso não mudaria as coisas. Tem de continuar a dar, a alimentar, para a terra dar frutos - e a vida é exactamente igual.

Pode ganhar montes de dinheiro. Pode governar reinos, dirigir grandes empresas ou controlar vastos territórios. Mas se o estiver a fazer apenas para si, não é verdadeiramente um sucesso. Não tem realmente poder. Não tem realmente riqueza. Se conseguir chegar ao topo da «montanha do sucesso» sozinho, provavelmente saltará dela." - Anthony Robbins

quinta-feira, 30 de março de 2017




"É triste que a maioria de nós só comece a apreciar a vida quando está prestes a morrer. Penso muitas vezes nas palavras do grande mestre budista Padmasambhava: «Aqueles que julgam ter muito tempo só se preparam na hora da morte. Nesse momento, são transtornados pelo arrependimento. Mas não é tarde demais?» Haverá comentário mais alarmante sobre o mundo moderno do que este: como viveu sem estar preparado para a vida?" - Sogyal Rinpoche

quarta-feira, 29 de março de 2017




"O ego inseguro ou exacerbado prende-nos a opiniões e pontos de vista estreitos. A visão turva-se, escurece-se e fica esclerótica. E a pessoa não pode ver para além do seu egocentrismo, não admite outros pareceres e, quando se sente insegura, sente-se ameaçada e reage com ira ou violência e, no pior dos casos, com crueldade. 

Aferradas às suas opiniões, muitas pessoas carentes de uma mente livre, ampla e aberta às opiniões alheias, assim que se põem em causa as suas crenças e pontos de vista, reagem de forma autodefensiva e ignorante, desencadeando as suas energias hostis e virulentas." - Ramiro Calle

terça-feira, 28 de março de 2017




"A realidade de qualquer alegria é indescritível no mundo; só nela a criação ainda ocorre (a felicidade, ao contrário, é apenas uma constelação de coisas já presentes que podem ser prometidas e interpretadas). A alegria, porém, é uma maravilhosa multiplicação do que já existe, um puro crescimento a partir do nada. No fundo, quão fraca se mostra a felicidade em prender-nos, pois imediatamente nos permite tempo para pensarmos na sua duração e nos preocuparmos com isso. A alegria é um momento descomprometido, atemporal desde o início, que não se pode segurar, mas que de facto tão pouco se pode perder, pois sob o seu abalo o nosso ser de certo modo modifica-se quimicamente. Na felicidade, ao contrário, o nosso ser prova o seu próprio gosto e desfruta-se a si mesmo simplesmente numa nova mistura.

Preenchido por essa experiência, eu preservei-me bastante das decepções, pois os factos maiores têm o direito de ser inesperados, de ir e vir, e eu não mais espero que eles surjam como consequência de algo grande. Este não está no meu caminho, mas sempre emerge da profundeza irreconhecível e imensurável. E, por isso, nunca paro de senti-lo como possibilidade, mesmo quando deixa de vir." - Rainer Maria Rilke

segunda-feira, 27 de março de 2017




"É impossível gerar e acumular, numa única vida, uma grande quantidade de muito bom carma. O carma baseia-se na lei de causas e efeitos. Se dedicar todos os seus esforços a fazer de si um ser bom e generoso, os resultados que daí saírem são forçosamente positivos." - Dalai Lama

domingo, 26 de março de 2017




"Nesta vida, todos os elos duram pouco. Somos marido e mulher, pais e filhos, por um período curto. Quando tomamos consciência desta brevidade, o elo de cada instante transforma-se num tesouro." - Kentetsu Takamori

sábado, 25 de março de 2017




"Tem de aprender a lidar com a complacência. Você conhece pessoas, celebridades ou atletas, que atingem o topo e depois param. Começam a sentir-se confortáveis e perdem o que as levou até ali.

O conforto pode ser uma das nossas emoções mais desastrosas. O que é que acontece quando uma pessoa se sente demasiado confortável? Deixa de crescer, deixa de trabalhar, deixa de criar valor acrescentado. Você não quer ficar demasiado confortável. Se se sentir realmente confortável, o mais provável é que tenha parado de crescer. O que é que Bob Dylan disse? «Aquele que não está ocupado a nascer está ocupado a morrer.» Você ou está a escalar ou a escorregar. Perguntaram certa vez a Ray Kroc, o fundador do McDonald´s, que conselho é que daria a alguém para garantir um longo sucesso para a toda a vida. Ele disse para as pessoas se recordarem simplesmente disto: quando somos verdes, crescemos; quando amadurecemos, apodrecemos. Desde que permaneçamos verdes, crescemos. Podemos pegar em qualquer experiência e transformá-la numa oportunidade para crescer ou podemos pegar na mesma experiência e transformá-la num convite à decadência. Você pode encarar a reforma como o início de uma vida mais rica ou como o fim da sua vida de trabalho. Pode ver o sucesso como um trampolim para coisas maiores ou pode vê-lo como um local de repouso. E se for um local de repouso, o mais provável é que não o mantenha por muito tempo. 

Um certo tipo de complacência provém da comparação. Eu costumava pensar que estava a dar-me bem porque me estava a dar bem em comparação com as pessoas que conhecia. Esse é um dos maiores erros que você pode cometer. Talvez isso apenas signifique que os seus amigos não se estão a dar muito bem. Aprenda a julgar-se pelos seus objectivos em vez de pelos objectivos dos seus pares. Porquê? Porque é sempre possível encontrar pessoas que justifiquem o que está a fazer. 

Importe-se com o que você é capaz de fazer. Importe-se com o que você cria e com o que quer fazer. Trabalhe a partir de um conjunto de objectivos dinâmicos, em evolução e habilitadores que o ajudarão a fazer o que quer, não o que outra pessoa fez. Haverá sempre alguém que tem mais do que você. Haverá sempre alguém que tem menos. Nada disso interessa. Você precisa de se julgar a si próprio pelos seus objectivos e nada mais. 

Rolling Thunder, o sábio índio, utilizava frequentemente a seguinte frase: «Fala apenas com um bom propósito.» Lembre-se de que aquilo que colocamos cá para fora nos é devolvido. Por isso, o desafio que lhe coloco é que se mantenha longe do lixo da vida." - Anthony Robbins

sexta-feira, 24 de março de 2017




"Sempre que acendemos um cigarro, comemos um hambúrguer com queijo extra, bebemos mais uma chávena de café, devoramos uma tablete inteira de chocolate ou nos embebedamos livremente estamos a fazer mal a nós próprios. No entanto, para a maioria das pessoas, e apesar das provas esmagadoras dos danos físicos que daí advêm, estes comportamentos são relativamente aceitáveis. Na verdade, todos nos permitimos pelo menos um destes hábitos de forma regular. Porquê? Porque nos fazem sentir bem, mesmo sabendo que teremos uma ressaca, problemas de peso, maior risco de ataques cardíacos ou outra coisa qualquer. Por vezes, a culpa leva-nos a praticá-los secretamente, como quando fumamos um cigarro assim que a esposa sai, ou escondemos o último vestígio da tablete de chocolate. 

Então, por que é que levantamos a sobrancelha quando alguém se magoa a si mesmo, puxando o cabelo ou cortando-se com uma faca? O que é difícil de lidar é o desejo óbvio de nos magoarmos. Quando alguém exibe cortes pelo braço acima, não podemos negar a dor emocional em que vive, enquanto, se bebermos de mais, usamos a negação para não enfrentarmos ou admitirmos que existe um problema emocional real e subjacente ao comportamento." - Ann Gadd

quinta-feira, 23 de março de 2017




"Quantas oportunidades nos devem dar? Por vezes a nossa angústia existencial e a nossa profunda insatisfação impedem-nos de apreciar cada instante da vida e de nos servirmos dele para amadurecer." - Ramiro Calle

quarta-feira, 22 de março de 2017




"Alegria é inexprimivelmente mais do que felicidade. Felicidade cai sobre as pessoas, felicidade é o destino; alegria, elas fazem florescê-la dentro de si mesmas. Alegria é simplesmente uma boa estação sobre o coração; alegria é a maior realização que os humanos têm em seu poder." - Rainer Maria Rilke

terça-feira, 21 de março de 2017




"Ajudar os outros supõe ter atravessado diferentes etapas do caminho. A nossa eficácia depende daquilo que experimentámos e compreendemos. É necessário ter conhecido o sofrimento para encontrar as palavras e os meios para aliviar o dos outros. É necessário ter duvidado para se pôr no lugar de alguém que está a passar por uma provação semelhante." - Dalai Lama

segunda-feira, 20 de março de 2017




"Todo o livro que lemos faz oscilar a nossa bússola interior; todo o espírito alheio nos mostra a partir de que pontos tão diferentes se pode contemplar o mundo.

Em cada livro encontramos pessoas, situações, vidas inteiras que nos mostram ideias para lá da nossa realidade mundana. Num livro encontramos uma visão diferente da existência, um fragmento de mundo passado pela peneira do autor, que nos propõe uma realidade alternativa.

Se focalizarmos o nosso olhar numa janela, nos olhos de uma pessoa, veremos o mundo através desses olhos e descobriremos um novo ponto de vista sobre essa realidade.

Porque é que lemos? O que nos oferece um livro?

Evasão, reflexão, pontos de vista diferentes, excitação, perguntas; em suma, permite-nos entrar noutros planos da realidade. Mas que poder se oculta entre as páginas de um livro para que tenha sido tão importante para o homem ao longo da História?

José Luis Vilallonga afirma que «os livros são como espelhos: ao vermo-nos neles descobrimos quem somos

Todo o bom leitor vibra com o desafio que cada livro lhe propõe: entrar num novo mundo de que sairá transformado.

Ler um livro não só é uma viagem íntima com o autor, que nos transfere para o seu mundo. É também uma catarse para nos encontrarmos e entendermos. Deixa-nos uma marca que nos permite compreender melhor o mundo.

Uma hora por dia é suficiente para que a nossa mente navegue longe dos problemas quotidianos que nos mergulham em aborrecimento.

Como reza um provérbio chinês, um livro é um jardim que levamos no bolso." - Allan Percy

domingo, 19 de março de 2017






"Considere o som de um passo. Se eu lhe perguntasse o que é que significa um passo, você provavelmente responderia «Não significa nada para mim». Bem, vamos pensar nisso. Se você está a caminhar numa rua cheia de gente, há tantos passos que você nem sequer os ouve. Nessa situação, eles não têm qualquer significado efectivo. Mas se você estivesse sentado em casa sozinho, já tarde, e ouvisse passos no andar de baixo? Um momento depois, ouve os passos a dirigirem-se para si. Os passos têm significado então? Claro que sim. O mesmo sinal (o som de passos) terá muitos significados diferentes dependendo daquilo que significou para si em situações similares no passado. A sua experiência passada pode fornecer-lhe um contexto para esse sinal e, logo, determinar se ele o descontrai ou assusta. Por exemplo: você pode classificar o som como sendo os passos da sua esposa a chegar mais cedo a casa. As pessoas que já passaram por um assalto podem pensar que significa um intruso. Assim, o significado de qualquer experiência na vida depende do enquadramento que lhe damos. Se mudarmos o enquadramento, o contexto, o significado muda instantaneamente. Uma das ferramentas mais eficazes para a mudança pessoal é aprender a fazer os melhores enquadramentos em qualquer experiência. Este processo chama-se reenquadrar.

Temos de ser capazes de reenquadrar a nossa percepção, para a conseguirmos ver. O mesmo é verdade na vida. Muitas vezes, à nossa volta, existe a oportunidade de transformarmos as nossas vidas naquilo que desejamos que sejam. Há maneiras de encarar os nossos maiores problemas como se fossem as nossas melhores oportunidades - se conseguirmos sair dos padrões de percepção para os quais fomos treinados.

Nada no mundo tem um significado inerente. A maneira como nos sentimos acerca de algo e o que fazemos no mundo depende apenas da nossa percepção disso. Um sinal tem significado apenas no enquadramento ou contexto no qual o apreendemos. A infelicidade é um ponto de vista. A sua dor de cabeça pode saber bem a um vendedor de aspirinas. Os seres humanos tendem a associar significados específicos a experiências. Dizemos que isso aconteceu, por «isto» queremos dizer «aquilo», quando, na realidade, pode haver um número infinito de maneiras de interpretar uma qualquer experiência. Tendemos a enquadrar as coisas baseados em como apreendemos no passado. Muitas vezes, ao mudar estes padrões de percepção habituais, podemos criar melhores opções para as nossas vidas. É importante lembrar que as percepções são criativas. Isto é, se apreendemos algo como um risco, é essa a mensagem que enviamos ao nosso cérebro. Então o cérebro produz estados que tornam isso realidade. Se mudarmos o nosso quadro de referência olhando para a mesma situação de um ponto de vista diferente, podemos mudar a forma como reagimos. Podemos mudar a nossa representação ou percepção acerca de qualquer coisa e, num momento, mudar os nossos estados e comportamentos. É nisto que consiste o reenquadramento.

Lembre-se: nós não vemos o mundo como ele é, porque a forma como as coisas são pode ser interpretada sob muitos pontos de vista. A forma como nós somos, os nossos quadros de referência, os nossos «mapas» definem o território.

Todos conhecemos pessoas que passaram a ser tímidas depois de um romance fracassado. São abandonadas ou magoadas e decidem não avançar para relações posteriores. O facto é que a relação lhes trouxe mais alegria que dor. É por isso que foi tão difícil de abandonar. Mas esborratar as boas recordações e concentrar-se nas más põe o pior enquadramento possível numa experiência. A ideia é mudar o enquadramento, ver a alegria, o ganho, o crescimento. Então é possível avançar a partir de um enquadramento positivo em vez de um negativo e ter a capacidade para criar uma relação ainda melhor no futuro." - Anthony Robbins 

sábado, 18 de março de 2017




"Se examinar fósseis antigos de baratas, vai ver que mudaram muito pouco em milhões de anos. Porquê? Simplesmente porque as baratas não têm predadores e portanto a sua vida tem sido relativamente fácil. Não tiveram que se adaptar para não morrer e daí a sua falta de desenvolvimento. Quanto mais mudanças tiver que fazer na sua vida, maior o seu potencial de aprendizagem. É assim que crescemos, emocional e mentalmente, e não quando as coisas correm sempre bem e sem percalços. Quem desejaria mudar alguma coisa, nessa situação? As dificuldades são estímulos ao crescimento pessoal. Parar de fazer aquilo que o mantém encalhado, abraçando activamente o desejo de mudar, é dar um passo corajoso para crescer. 

Provavelmente, hoje em dia somos mais confrontados com a mudança do que em qualquer época anterior. Isso reflecte-se na roupa que compramos e deitamos fora uns meses depois, quando saem de moda, nos aparelhos que raramente duram mais do que uns poucos anos e nas relações que começam e acabam, mais rapidamente do que pedir um hambúrguer com batatas para levar para casa. Antigamente, um fato durava uma vida, o equipamento era construído com qualidade e reparado de vez em quando e as relações duravam a vida inteira. Nada mais. A mudança tornou-se parte da nossa sociedade e, no entanto, resistimos-lhe constantemente. Quanto mais nos afecta, mais stressados nos sentimos e agimos em detrimento de nós próprios. 

Mas, quando nos envolvemos activamente na mudança, quando a abraçamos, trabalhamos com esse processo e não contra ele. A simples mudança de beber chá de ervas em vez de café tem um grande impacto na nossa vida. Os hábitos dão-nos a oportunidade de mudar alguma coisa, por mais pequena que seja, criando o potencial para muitas outras mudanças positivas que podem surgir." - Ann Gadd

sexta-feira, 17 de março de 2017




"Quando tivermos superado as nossas carências emocionais e os nossos vazios de solidão e estivermos completos em nós mesmos, não criaremos laços de dependência, e poderemos desfrutar intensamente da relação de afecto sem estarmos subjugados e, ao mesmo tempo, sentindo-nos equilibrados e em harmonia." - Ramiro Calle

quinta-feira, 16 de março de 2017




"Nunca entendi como um amor genuíno, elementar, totalmente verdadeiro pode permanecer não correspondido, pois ele não é outra coisa a não ser o apelo urgente e venturoso ao outro para que seja belo, abundante, grande, intenso, inesquecível: nada senão o transbordante compromisso de que o outro se torne alguma coisa. E, diga-me, que pessoa poderia recusar tal apelo, quando é dirigido a ela, quando a escolhe e a encontra entre milhões de seres onde talvez estivesse oculta num destino ou inabordável no meio da fama... Ninguém pode segurar, agarrar e conter em si tal amor: ele é tão completamente destinado a ser passado adiante para além do indivíduo e necessita do amado apenas para que este lhe dê o impulso mais extremo que o lançará na sua nova órbita entre as estrelas." - Rainer Maria Rilke

quarta-feira, 15 de março de 2017




"Permanecer no momento presente supõe não nos deixarmos distrair pelos nossos sentidos, pelas nossas recordações, pelos nossos remorsos, pelos nossos desejos ou pelos nossos projectos. Os nossos pensamentos são então como as ondas do oceano, elas vão, elas vêm. Não nos agarramos a eles, estamos libertos deles, e a paz instala-se em nós." - Dalai Lama

terça-feira, 14 de março de 2017




"Se o sofrimento chegasse à nossa vida, devíamos olhar para ele de frente e com a testa bem alta.

Perante a adversidade, ficar paralisado é submeter-se a ela. Se, em compensação, agirmos, descobriremos que os obstáculos e conflitos são, na realidade, trampolins que nos permitem elevar-nos acima do nosso nível. Nunca nos conhecemos tão bem como quando enfrentamos problemas. 

Como disse Buda: «a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional.» Não podemos evitar a dor, tanto a leve como a dilacerante. É inerente ao mundo, à vida e ao ser humano. Da mesma maneira que não podemos tomar decisões sem pôr qualquer coisa de lado, a vida também não pode seguir em frente se nos prendermos à dor." - Allan Percy

segunda-feira, 13 de março de 2017




"Como modelador, você tem sempre curiosidade acerca de como é que alguém é capaz de produzir um determinado resultado mental ou físico. Por exemplo: quando as pessoas que vêm ter comigo a pedir aconselhamento dizem «Estou tão deprimido», eu não pergunto porquê nem lhes peço para representarem para elas próprias e para mim como estão. Isso apenas as colocaria num estado deprimido. Eu não quero saber porque é que estão deprimidas. Eu quero saber como é que estão deprimidas. Em vez disso, pergunto: «Como é que faz isso?» Normalmente recebo um olhar espantado, porque a pessoa não se apercebe que temos de fazer determinadas coisas na nossa mente e fisiologia para ficarmos deprimidos. Então pergunto: «Se eu estivesse no seu corpo, como é que ficava deprimido? Que é que imaginaria? Que é que diria a mim próprio? Como é que o diria? Que tonalidade utilizaria?» Estes processos criam acções mentais e físicas específicas e, logo, resultados emocionais específicos. Se você mudar a estrutura de um processo, ele pode transformar-se noutra coisa, em algo diferente de um estado deprimido.

É essencial que olhemos para qualquer padrão de comunicação e nos perguntemos regularmente: «Se eu continuar a representar as coisas para mim próprio desta forma, qual será o resultado final provável relativamente à minha vida? Em que direcção está o meu comportamento presente a levar-me e será que é para aí que eu quero ir? Chegou o momento de examinar o que as minhas acções mentais e físicas estão a criar.» Certamente que você não quer descobrir mais tarde que algo que poderia ter mudado de uma forma simples e fácil o conduziu para um sítio onde não quer estar." - Anthony Robbins 

domingo, 12 de março de 2017




"Quando uma mudança nos obriga a mudar de estilo de vida, por exemplo, quando nos divorciamos ou nos tornamos dispensáveis, é possível que tenhamos muito pouco a dizer sobre esse processo. O que torna difícil desistir de um comportamento habitual é o facto de termos de o fazer voluntariamente. A mudança não é uma coisa que os humanos gostem de abraçar. Normalmente, preferimos gastar grandes quantidades de energia a tentar garantir que a mudança não nos bata à porta. Portanto, quando se trata de mudar um hábito, precisamos de muita determinação e coragem. 

Nós temos hábitos porque eles nos fazem sentir bem. Por muito prejudiciais que sejam, libertam tensões e trazem alívio e descompressão. É compreensível que não desejemos livrar-nos de uma coisa que nos compensa. Uma pessoa que se magoe a si própria sabe que vai ficar com uma cicatriz, mas as implicações negativas dos seus actos são inferiores à libertação emocional que daí vem.

Porquê mudar de comportamento? Porque não continuar a ressonar, a chegar atrasado, a comer de mais, ranger os dentes, beber chávenas copiosas de café enquanto coça as sobrancelhas ou rói as unhas? Há tanto tempo que o faz e ainda cá está! Para quê o esforço? Conhecia um homem com piores hábitos que viveu até aos 97! Porquê a necessidade de mudança?

Há mudanças que nos são impostas, como um acidente de carro ou um despedimento, mas porque havia de voluntariamente mudar aquilo que não lhe é imposto? Porque a mudança é sinónimo de crescimento." - Ann Gadd

sábado, 11 de março de 2017





"Angustiado, o discípulo foi visitar o seu mentor espiritual e perguntou-lhe com uma voz desanimada:


- Como me posso libertar, venerado mestre?

O preceptor respondeu:

- Meu amigo, e quem é que te prende senão a tua mente?

A mente é a grande amarra. Há muitas dificuldades no exterior e na vida quotidiana, mas as piores estão na própria mente. A mente está repleta de obstáculos e impedimentos (ofuscação, avidez, ódio, ciúme, inveja, cólera) que é preciso ir superando, para completar o processo de maturidade emocional e para ir favorecendo a criação de nós mesmos. A mente debate-se numa atmosfera rarefeita de obscurecimentos, medos e tendências neuróticas que geram confusão e dor. O pior inimigo está na mente. Mas a mente que prende é a mente que liberta, e a mente inimiga pode transformar-se em mente amiga se pusermos em prática a via do autoconhecimento e do desenvolvimento da mesma." - Ramiro Calle

sexta-feira, 10 de março de 2017




"Qualquer situação pode comportar aspectos positivos e negativos. Se o seu olhar se pousar exclusivamente nos lados positivos desse acontecimento constatará que a impressão de conjunto é agradável e positiva. Tudo depende do ponto de vista adoptado. A sua responsabilidade consiste em seleccionar um ou o outro destes ângulos de apreciação. O ângulo escolhido determina aquilo em que se vai tornar e o mundo no qual vai evoluir." - Dalai Lama

quinta-feira, 9 de março de 2017




"Num mundo em que a grande maioria imita modelos estabelecidos, corre-se o risco de uma pessoa se perder a si mesma. As normas, os clichés que formam o nosso mundo têm muitas maneiras de se infiltrarem no nosso dia-a-dia para que os aceitemos sem saber. São uma forma de controlo por parte do sistema. 

A melhor maneira de controlar as pessoas é uniformizá-las - no sentido amplo e não só estético da palavra - sem que elas se apercebam.

Encontrar uma rotina própria agradável, fazer pazes consigo mesmo, é descobrir o sentido da própria vida, o nosso lugar no mundo. 

Quando procuramos fora o que deveríamos encontrar dentro, fazemo-lo movidos pela insegurança. 

Hesse dizia: «Confiança tem-na a pessoa simples, sã, inofensiva, a criança, o selvagem. Nós, que não fomos simples nem inofensivos, tivemos de encontrar a confiança dando uma volta. A confiança em ti mesmo é o começo [...] O deus em que devemos acreditar está no nosso interior

Quando uma pessoa cresce rodeada de exigências externas, de limites e de medo, dificilmente confiará em alguém, nem sequer em si mesmo. Nunca poderá amar-se verdadeiramente e, portanto, nunca será capaz de encontrar esse deus interior.

Quem não se atreve a ver o seu interior e conhecer-se, dificilmente poderá compreender o sentido da sua vida e acabará esvaziando-a de significado. Esvaziar-se-á ele próprio de significado. Transformar-se-á numa cópia do estabelecido, do imposto; numa sombra." - Allan Percy

quarta-feira, 8 de março de 2017




"A crença não é mais do que um estado, uma representação interna que governa o comportamento. Pode ser uma crença muito forte - uma crença de que seremos bem sucedidos em algo ou que alcançaremos algo diferente. Pode ser uma crença incapacitadora - uma crença de que não conseguiremos ter sucesso, de que as nossas limitações são claras, intratáveis e esmagadoras. Se você acreditar no sucesso, terá a capacidade de o atingir. Se acreditar no fracasso, essas mensagens tenderão a fazer com que também o experimente. Lembre-se: quer diga que consegue fazer uma coisa quer diga que não consegue, você tem sempre razão. Ambos os tipos de crença têm grande poder. A questão é: que tipo de crença é melhor ter e como é que a desenvolvemos?

O nascimento da excelência começa com a nossa tomada de consciência de que as nossas crenças são uma escolha. Normalmente não pensamos nelas dessa forma, mas as crenças podem ser uma escolha consciente. Você pode escolher crenças que o limitem ou crenças que o apoiem. O truque é escolher as crenças que conduzem ao sucesso e aos resultados que você quer e descartar aquelas que o retêm.

O maior falso juízo que as pessoas frequentemente cometem acerca das crenças é de que se trata de um conceito estático e intelectual, um entendimento divorciado da acção e dos resultados. Nada podia estar mais longe da verdade. A crença é a porta de entrada para a excelência, precisamente porque não há nada de divorciado ou estático nela.

É a nossa crença que determina quanto do nosso potencial conseguiremos utilizar. As crenças podem ligar ou desligar o fluxo de ideias. Imagine a situação que se segue. Alguém lhe diz: «Vai-me buscar o sal, por favor.» Quando caminha para a sala ao lado, você diz: «Mas eu não sei onde é que está.» Depois de procurar durante alguns minutos, você diz: «Não consigo encontrar o sal.» Então, a outra pessoa vai ter consigo, tira o sal da prateleira que está mesmo à sua frente e diz: «Olha, ceguinho, está mesmo à frente do teu nariz. Se fosse cão mordia.» Quando você disse «Não consigo», deu ao cérebro uma ordem para não ver o sal. Em psicologia, chamamos-lhe escotoma. Lembre-se: qualquer experiência humana, qualquer coisa que alguma vez lhe tenha sido dita, que tenha visto, ouvido, sentido, cheirado ou provado fica armazenada no seu cérebro. Quando você diz, congruentemente, que não se consegue lembrar, está certo. Quando diz, congruentemente, que consegue, dá ao seu sistema nervoso uma ordem que abre a via para a parte do seu cérebro que, potencialmente, pode entregar as respostas de que você precisava.

Qualquer afirmação que você faça é datada e refere-se ao momento em que é feita. Não é uma afirmação da verdade universal. É verdade apenas para uma determinada pessoa num determinado momento. Está sujeita à mudança. Se tem sistemas de crenças negativos, já devia saber que tipos de efeitos nefastos eles têm. Mas é essencial perceber que os sistemas de crenças não são mais imutáveis do que o comprimento do seu cabelo, o seu gosto por um determinado tipo de música, a qualidade da sua relação com uma pessoa em particular. Se guia um Honda e decide que seria mais feliz com um Chrysler, um Cadillac ou um Mercedes, está no seu poder mudar.

As suas representações e crenças internas funcionam, em grande parte, da mesma maneira. Se não gosta delas, pode mudá-las. Todos temos uma hierarquia, uma escala de crenças. Temos crenças nucleares, coisas que são tão fundamentais que morreríamos por elas. São coisas como as nossas ideias sobre o patriotismo, a família e o amor. Mas a maioria das nossas vidas é governada por crenças relacionadas com a possibilidade, o sucesso ou a felicidade, que recolhemos inconscientemente ao longo dos anos. A melhor coisa a fazer é pegar nessas crenças e certificarmo-nos de que elas trabalham a nosso favor, de que são eficazes e habilitadoras.

A vida é mais subtil e mais complexa do que alguns de nós gostamos de pensar. Por isso, se ainda não o fez, reveja as suas crenças e decida quais delas poderá mudar agora e para quê.

A sua realidade é a realidade que você cria. Se tiver representações internas ou crenças positivas, isso acontece porque você as criou. Se as tiver negativas, você criou-as igualmente." - Anthony Robbins

terça-feira, 7 de março de 2017




"Os nossos pensamentos e acções criam «caminhos» no cérebro, como estradas novas numa paisagem campestre. Ao percorrer um caminho todos os dias, tropeça em arbustos, esmaga ervas e empurra galhos com os pés. Com o tempo, vai-se tornando mais largo e estabelecido. Da mesma forma, sempre que respondemos a uma situação da mesma maneira, criamos um «caminho mental» mais firme e assente. Quando repetimos o raciocínio e a reacção, o caminho transforma-se numa estrada «alcatroada» e, com tempo, desenvolvem-se autênticas auto-estradas, onde viajam as nossas reacções. Isto significa que, sempre que temos que reagir a certo tipo de pensamento ou situação, o nosso cérebro percorre a estrada mais viajada. Os hábitos também funcionam assim, razão porque é tão difícil abdicar deles. Temos que nos treinar a desligar as auto-estradas e a abrir novos caminhos, o que representa uma mudança e trabalho duro. O problema é que, quando surge uma crise, voltamos a correr para o velho caminho ou maneira de agir.

Talvez seja mais fácil deixar de fumar durante umas férias no campo, mas se regressar ao escritório, onde as coisas correm mal, a necessidade de fumar pode ser avassaladora. Muita gente decide rectificar os maus hábitos na véspera do Ano Novo, mas são poucos os que mantêm essas decisões durante mais tempo do que o necessário para curar a ressaca de champanhe.

Diz-se que, se conseguir manter uma cessação de comportamento durante 21 dias (no caso de adicções não físicas) é por que está no bom caminho para conseguir manter o comportamento novo. Depois de 120 dias, já transformou o caminho novo numa estrada estabelecida e tem muito menos hipóteses de reverter à estrada velha durante os períodos de stress." - Ann Gadd

segunda-feira, 6 de março de 2017




"Era um homem que ouvira falar muito da preciosa e perfumada madeira de sândalo, mas nunca tivera ocasião de a ver. Surgiu nele um intenso desejo de conhecer a tão prezada madeira de sândalo. Para tornar o seu desejo realidade, começou a escrever cartas a todos os seus amigos, solicitando-lhes que lhe enviassem um pedaço de madeira de sândalo. Pensou que algum deles teria a bondade de atender o seu pedido. Escreveu inúmeras cartas ao longo de vários dias, sempre com a mesma e repetida súplica: «Por favor, enviem-me madeira de sândalo.» Mas um dia, enquanto estava em frente ao papel e, abstraído, mordiscou o lápis com o qual havia escrito tantas cartas, sentindo o aroma que surgia da madeira do lápis. Com grande júbilo, descobriu que era sândalo.

Ninguém nos pode oferecer a nossa própria identidade, porque já é nossa por direito. O que temos de fazer é percebê-la, conhecê-la. Estamos tão identificados e presos aos pensamentos que não nos apercebemos da natureza real além dos nossos processos mentais. O si-mesmo é a testemunha dos pensamentos, e quando somos capazes de calar a gritaria mental, aparece um espaço de serenidade onde contemplamos o rosto do nosso ser." - Ramiro Calle 

domingo, 5 de março de 2017




"(...) - Estou aqui para lhe dar más notícias - respondeu. A seguir inclinou-se para a frente e disse: - Vai morrer, em breve. 

Henry estava já num tal estado que a sua reacção física foi mínima, embora as suas entranhas gritassem e se debatessem para deixar aquele homem e aquele lugar. Porém, murmurou:

- Não percebo.

- A vida é um sopro, uma brisa passageira, uma erva verde e vibrante durante um tempo, que acaba por mirrar, morrer e desaparecer. Em breve estará morto. E depois do funeral, os amigos de Henry Warren e a família irão reunir-se para comer frango frito e pudim de banana. Dirão sobre ele o mesmo que dizem sobre qualquer outra pessoa com quem não se importam. Porquê? Porque a vida é como um jogo de Monopólio. Pode ser dono de hotéis em Broadwalk ou pode alugar casas em Baltic Avenue, mas no fim, tudo acaba na caixa. A geração seguinte vai tirar de lá toda a tralha e jogar com ela ou discutir por causa dela. 

»Meu filho, ouvi-o falar muitas vezes em «ter olhinhos», mas tem de ouvir o que lhe digo e que é o seguinte: ter olhinhos, que é aquilo que tem em mente, está a levá-lo a uma vida desesperada de sofrimento e trevas.

À medida que ia ouvindo, o nevoeiro que Henry tinha na mente ia-se dissipando. Embora parecesse incapaz de desviar o olhar dos olhos do velho, ouvia e entendia cada palavra que Jones dizia.

- Disse que em breve eu estaria morto... - começou cuidadosamente.

- Foi apenas um isco para captar a sua atenção - retorquiu Jones. - Mas, é uma perspectiva interessante sobre a vida, não acha? E não é menos um facto absoluto no seu caso do que no caso de quantos o rodeiam. - Jones fez um gesto com a mão, abrangendo toda a gente que estava à vista. - Também eles estarão mortos, em breve. Aliás, pelos anos de vida de um cão, a maior parte destas pessoas estão mortas! - acrescentou com uma piscadela de olho.

Henry abanou a cabeça como que para aclarar as ideias.

- De que é que estamos aqui a falar? Ainda não entendi.

- Já sei que não - disse Jones com um sorriso amável. - Vamos ver se conseguimos esclarecer algumas coisas. - Fez uma pausa e depois perguntou: - Já ouviu dizer: «Não te rales com pequenas coisas»?

- Já - respondeu Henry.

- Bom, estou aqui para lhe dizer que é melhor ralar-se. Sabe, são as «pequenas coisas» que dão maior dimensão à nossa vida. Muita gente é como você, meu jovem, mas a sua perspectiva está distorcida. Ignoram as «pequenas coisas», afirmando ter olhinhos para as coisas grandes, sem entenderem que as coisas grandes não são constituídas por outra coisa senão (está preparado?) pelas pequenas coisas.

»Já alguma vez foi mordido por um elefante? - continuou o velho. Henry abanou a cabeça. - E por um mosquito? - sugeriu Jones.

- Claro que sim - respondeu o jovem.

- Está a perceber o que quero dizer? - perguntou Jones estendendo o braço para lhe dar uma palmadinha no ombro. - São as pequenas coisas que o vão atingir!

Henry sorriu sem querer.

- O que é que lhe vem à mente quando eu digo «vida de sucesso»? - lançou Jones antes que o jovem pudesse ir mais longe.

Henry não respondeu de imediato, mas, por fim, com uma expressão abalada respondeu:

- A minha mulher, o meu filho que vai nascer... é um rapaz, sabe?

Jones confirmou com um aceno de cabeça:

- Eu sei. Continue.

- Tempo para passar com a minha família. Bons amigos. Pessoas em cuja vida eu fiz a diferença...

- Uma diferença positiva? - Ao interrompê-lo, Jones observou o rosto do seu interlocutor a ficar cada vez mais pálido. - Tenho a sensação de que já fez a diferença em algumas vidas...

- Provavelmente é verdade - reconheceu Henry com vergonha.

- Não há problema, meu jovem. É o que se passa com muita gente - comentou Jones. - Está a um passo do abismo que podia evitar se, ao menos, tirasse a venda dos olhos. Financeiramente, fisicamente, emocionalmente... em quase todas as áreas da sua vida persegue o êxito, contudo os seus actos encaminham-no para a catástrofe. Até ao momento, sou uma das únicas pessoas que se importam o suficiente para lho dizer. A outra, nesta altura, é a sua mulher, mas o meu amigo não lhe dá ouvidos. Nem sequer atende os telefonemas dela.

- A minha vida é uma confusão - disse Henry em voz baixa. 

- Pois é - concordou Jones -, mas apenas até este momento.

O homem mais novo levantou os olhos.

- O que é que quer dizer com isso?
- Quero dizer que pode mudar. Bom, pode mudar a forma como faz negócio, como trata a sua família e como trata as pessoas cujas vidas de trabalho lhe foram entregues. Pode mudar, imediatamente, a forma como as trata.

Jones olhava atentamente nos olhos o homem mais jovem, enquanto prosseguia:

- A maior parte das pessoas pensa que mudar leva muito tempo. Não leva. A mudança é imediata! Instantânea! Pode levar muito tempo a decidir mudar... mas a mudança acontece num ápice! 

- Então vou mudar - disse Henry. - Ou melhor... estou mudado.

- Penso que compreende que pode demorar ainda um pouco até a sua reputação acompanhar a mudança que já operou - preveniu-o Jones. Henry acenou afirmativamente. - A opinião sobre si de muita gente ficará ainda, durante algum tempo, naquele registo do «estar a decidir mudar», mas a mudança que fez dará provas de um homem diferente e, mais cedo ou mais tarde, irão também mudar o que sentem em relação a si.

»Uma pergunta rápida - disse o velho com uma disposição obviamnte mais descontraída -, e para completar a mudança em todas as áreas da sua vida, tem de entender a resposta. Está pronto?

- Certo... - respondeu Henry num tom cansado.

- Cinco gaivotas estão pousadas num cais. Uma decide levantar voo. Quantas gaivotas ficaram?

- Bom... quatro.

- Não - respondeu Jones. - Ainda lá ficaram cinco. Decidir levantar voo e levantar voo, de facto, são duas coisas muito diferentes.

»Oiça atentamente. Apesar da crença popular no contrário, não existe qualquer poder na intenção. A gaivota pode tencionar levantar voo, decidir fazê-lo, pode falar com as outras gaivotas sobre como é maravilhoso voar, mas até ao momento em que bata as asas e se erga no ar, ainda está no cais. Não há diferença entre essa gaivota e as outras. Do mesmo modo, não há diferença entre a pessoa que tenciona fazer coisas de forma diferente e aquela que nunca pensou sequer nisso. Já pensou quantas vezes nos julgamos pelas nossas intenções, enquanto julgamos os outros pelas suas acções? Contudo, a intenção sem acção é um insulto àqueles que esperam o melhor de si. «Tencionava trazer-lhe flores, mas não trouxe.», «Queria terminar este trabalho a tempo», «Era para ter ido lá no teu aniversário»...

Henry sentia-se esmagado, mas decidido.

- Acho que percebi. Então o que faço primeiro?

- Se mudou, dê provas disso. - Apontou para o telemóvel que Henry tinha no cinto e sorriu. - Primeiro telefone à sua mulher. O resto vai descobrir." - Andy Andrews

sábado, 4 de março de 2017




"Os estados mentais negativos destroem o equilíbrio e a harmonia do corpo e do espírito. Estes estados agem em primeiro lugar sobre nós próprios. A seguir, sobre os outros utilizando palavras e acções ofensivas, violentas e agressivas. Eles afectam a nossa paz interior, a das pessoas que nos rodeiam. Começa então um ciclo infernal de acções-reacções. Não as deixe dominar a sua vida." - Dalai Lama

sexta-feira, 3 de março de 2017




"A felicidade é um como, não um quê; um talento, não um objecto.

Temos tendência para confundir a felicidade com um bem de consumo, quando ela não é uma coisa que se possa fabricar ou comprar. É basicamente a consequência de uma vida coerente e focada no que somos, não no que pretendemos ser.

A felicidade são momentos de compreensão profunda, de felicidade por estar vivo, de recompensa pelo nosso esforço na direcção adequada.

O problema é que, num mundo como o nosso, dominado pela velocidade, pela resposta imediata e o zapping, pretendemos conseguir essa recompensa imediatamente. E isso é impossível.

Pascal Bruckner comenta no seu livro A Euforia Perpétua que criámos uma sociedade em que «agora temos direito a tudo, menos a conformar-nos com qualquer coisa». 

Queremos sempre mais, sempre melhor e queremo-lo já. É uma atitude infantil, desenvolvida pela dependência do imediato. Se alguma coisa não funciona, deitamo-la fora e compramos outra nova, sejam electrodomésticos ou relações de casal.

Uma vida com rumo próprio e sentido, permite-nos aproximar desse estado de equilíbrio a que podemos chamar felicidade. John F. Kennedy disse que «a felicidade não se encontra no fim do caminho, mas sim ao longo dele». 

A nossa trajectória, porém, às vezes, fica torcida devido à mudança das circunstâncias. Um despedimento laboral, um problema de saúde, a perda de um ser amado fazem soçobrar a nossa vida e afastam-nos do doce navegar. Mas os marinheiros experimentados sabem que a seguir à tempestade vem a bonança e a esta uma nova tempestade. Na montanha russa da vida é tão natural estar em cima como em baixo.

E, para acabar, uma frase de Tolstoi: « O segredo da felicidade não está em fazer sempre o que se quer, mas sim em querer sempre o que se faz.» Pormos a nossa alma no que fazemos, sermos conscientes e empenharmo-nos em cada um dos actos que realizamos, é a maneira de cultivar e de fertilizar o terreno onde deve crescer a felicidade." - Allan Percy

quinta-feira, 2 de março de 2017




"O tipo de comportamento que as pessoas produzem é o resultado do estado em que estão. A forma como elas respondem especificamente a partir desse estado baseia-se em modelos do mundo. 

A maioria das pessoas empreende muito pouca acção consciente para dirigir os seus estados. Acordam deprimidas ou acordam cheias de energia. As coisas boas dão-lhes alento, as más deitam-nas abaixo. Uma das diferenças existentes entre pessoas, em qualquer campo, é o quão eficazmente elas controlam os seus recursos. E isso é mais óbvio nos atletas. Ninguém tem sucesso sempre, mas há determinados atletas que têm a capacidade de se colocarem num estado com recursos de uma forma quase automática e que quase sempre estão à altura da ocasião.

A maioria das pessoas procura uma mudança de estado. Querem ser felizes ou alegres, estar extasiadas ou equilibradas. Querem paz de espírito ou estão a tentar fugir dos estados de que não gostam. Sentem-se frustradas, zangadas, incomodadas, aborrecidas. E o que é que a maioria das pessoas faz? Bem, ligam a televisão, que lhes dá novas representações que podem interiorizar e assim vêem algo e riem-se. Já não estão no seu estado frustrado. Saem para comer, ou fumam um cigarro, ou tomam uma droga. Num registo mais positivo, podem fazer exercício. O único problema com a maioria destas abordagens é que os resultados não são duradouros. Quando o programa de televisão acaba, ainda têm as mesmas representações internas acerca da sua vida. Então lembram-se e sentem-se outra vez mal, depois da comida ou da droga em excesso terem sido consumidas. Há agora um preço a pagar pela mudança temporária de estado." - Anthony Robbins 

quarta-feira, 1 de março de 2017




"Se não assumirmos a responsabilidade pelas nossas vidas e, consequentemente, nos sentirmos como vítimas das acções e do comportamento dos outros, sentiremos mais stress. Uma pessoa equilibrada compreende que as coisas podem correr mal no mundo que a rodeia e é capaz de agir e alterar o que for adequado, de forma a diminuir os efeitos negativos das suas vivências. Uma pessoa sem autoridade, porém, deixa-se ficar mergulhada em sentimentos de culpa e sente que a responsabilidade das coisas não lhe pertence, pelo que tende menos a agir para evitar ou negar os resultados dos acontecimentos.

Uma pessoa com muito poder pessoal que descubra que a mulher o engana, em vez de se limitar a culpar a idiota/vaca, poderá ser capaz de analisar o que o seu próprio comportamento contribuiu para essa situação. Talvez se tenha envolvido de mais no trabalho e ignorado a esposa, nem sempre tenha sido atencioso e carinhoso, ou se tenham tornado sérios de mais e a alegria e divertimento tenham desaparecido da relação. Uma pessoa assim pode resolver os problemas, aceitar a sua quota-parte de responsabilidade na situação, perdoar-se a si mesmo e ao outro e avançar a partir dessa experiência.

Sem dúvida que o stress estará presente, mas será bem mais suave do que o de alguém sem autoridade moral que, não assumindo qualquer responsabilidade, vai passar anos a arquitectar vinganças e a culpar o parceiro, odiando o seu novo amor e normalmente tornando as vidas de todos num inferno. Vêem-se a si próprios como as vítimas inocentes de tudo o que lhes acontece. Como as vítimas são aqueles a quem as coisas acontecem (passivos), é menos provável que tomem atitudes e ultrapassem a situação. Assim, é normal que sintam stress durante anos, muito depois dos respectivos ex terem seguido com a sua vida. Agarram-se ao sofrimento, que se torna no elixir das suas vidas e que lhes dá motivos para existir, pelo que dizer a uma pessoa destas para seguir com a vida em frente não é coisa que escute com apreço. Terá muita sorte se as rótulas dos seus joelhos continuarem viradas para a frente!

Para alguém assim, aprender a assumir responsabilidades pelas suas acções torna-se o caminho para a cura e o poder pessoal. É uma estrada longa e árdua, onde frequentemente se desliza para trás se não estivermos com os olhos bem abertos. Mas a recompensa é uma diminuição de stress e, consequentemente, mais saúde e um estilo de vida melhor.

Na realidade, a palavra «stress» vem do francês «destresse». baseado no latim, distringere, que significa «separar». Quando estamos stressados, somos literalmente puxados em várias direcções. Falamos de estar financeiramente «esticados», ou «esticados ao limite». Ser stressado ou esticado significa que não nos sentimos completos, mas fragmentados, espalhados e rasgados." - Ann Gadd